Ontem fui ao Espaço Itaú de Cinema, ali no Casa Park, assisti à saga candanga Faroeste Caboclo. Apesar das várias críticas favoráveis, confesso que fiquei meio decepcionado. Talvez, por causa da expectativa que criei, pois esperava um retrato mais fiel da Brasília dos anos 70-80, principalmente da Ceilândia. Parece-me que os produtores do filme não conheceram o nosso Distrito Federal daquela época.
A Ceilândia é retratada como um sítio e nada me fez recordar aquela cidade inicial, onde dezenas e dezenas de barracos proliferavam. Brasília até que se mostra um pouco parecida com a dos anos 80, provavelmente pelas filmagens realizadas na própria capital.
O personagem Jeremias (Felipe Abib) não acrescenta nenhum brilho à obra, falta profundidade na interpretação do ator, que se perde entre ser um playboy ou um traficante. Isis Valverde até que compõe uma Maria Lúcia interessante, o ator Antônio Calloni, no papel do policial corrupto manda bem e Fabrício Boliveira (João de Santo Cristo) alterna bons momentos com outros caricaturais.
Ao duelo final entre os personagens principais, falta a massa a aplaudir, como é imperativo na letra da música.
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