Por Gil DePaula
Este país descoberto por Pedro
Tem por telhado, dias seguidos, o céu anil
É contemplado por planícies, rios e matas
Que enche de orgulho o peito varonil
Em suas plagas, o sol, generoso, se espalha
Ressoam suas virtudes no corpo e na alma
Banham-lhe o mar, as costas amadas
Lhe cobre à noite, a Vênus prateada
Por diamantes brilhantes enfeitada
Estamos desnudos sobre teu solo
Neste país que se dividiu
A ferida do meu peito se abre
A sorrir numa calma estranha
Seus alicerces foram abalados
Amigos olvidados
Na lama está sua bandeira
Eis, vocês, unidos pela dureza e a fraqueza
Por seus próprios deuses condenados
Entrelaçais suas mãos e rogais
Pois a peste está a sua volta
O hálito da morte bafejou suas costas
Cruzes traçaram seu solo
Em leitos, seus filhos estão entubados
Oh! Marias, chorem os seus crucificados
Para que suas chagas sejam curadas
Essa terra vermelha não quer mais sangue
Pai Infinito, perdoai nossos pecados!
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