Por Gil DePaula (texto originalmente publicado em 2018)
Jair Messias Bolsonaro nascido no município de Glicério, na região de Araçatuba no dia 21 de março de 1955, é um militar da reserva e político brasileiro. Cumpre atualmente o seu sétimo mandato na Câmara dos Deputados do Brasil, eleito pelo Partido Progressista. Foi casado com Rogéria Nantes Nunes Braga, com que teve três filhos. Atualmente é casado com Ana Cristina Valle.
Bolsonaro – sem dúvidas – é hoje a figura mais polêmica da política brasileira. Odiado pela esquerda, é idolatrado por parte expressiva dos brasileiros, principalmente, por aqueles que se decepcionaram com o Partido dos Trabalhadores.
A biografia de Bolsonaro é laivada de episódios nublados e polêmicos. Documentos produzidos pelo Exército Brasileiro na década de 1980 mostram que os superiores de Bolsonaro o avaliaram como dono de uma “excessiva ambição em realizar-se financeira e economicamente”. Segundo o superior de Bolsonaro na época, o coronel Carlos Alfredo Pellegrino, Bolsonaro “tinha permanentemente a intenção de liderar os oficiais subalternos, no que foi sempre repelido, tanto em razão do tratamento agressivo dispensado a seus camaradas, como pela falta de lógica, racionalidade e equilíbrio na apresentação de seus argumentos”.
Em 1987, Bolsonaro teria participado da operação” Beco Sem Saída”. A operação teria como objetivo explodir bombas de baixa potência em banheiros da Vila Militar, da Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, e em alguns outros quartéis militares com o objetivo de protestar contra o baixo salário que os militares recebiam na época. Bolsonaro teria desenhado o croqui de onde a bomba seria colocada na Adutora do Guandu, que abastece de água ao município do Rio de Janeiro.
A revista entregou o material ao então Ministro do Exército e este, após quatro meses de investigação, concluiu que a reportagem estava correta e que os capitães haviam mentido. Por unanimidade, o Conselho de Justificação Militar (CJM) considerou, em 19 de abril de 1988, que Bolsonaro era culpado e que fosse “declarada sua incompatibilidade para o oficialato e consequente perda do posto e patente, nos termos do artigo 16, inciso I da lei nº 5836/72”. Em sua defesa, Bolsonaro alegou na época que a revista Veja tinha publicado acusações fraudulentas para vender mais com artigos sensacionalistas.
O caso foi entregue ao Superior Tribunal Militar (STM). O julgamento foi realizado em junho de 1988 e o tribunal acolheu a tese da defesa de Bolsonaro e do também capitão Fábio Passos da Silva, segundo a qual as provas documentais — cujo laudo pericial fora feito pela Polícia do Exército — eram insuficientes por não permitirem comparações caligráficas, uma vez que fora usada letra de imprensa. O STM absolveu os dois oficiais, que assim foram mantidos nos quadros do Exército. Ainda em 1988, Bolsonaro foi para a reserva, com a patente de capitão, e no mesmo ano iniciou sua carreira política, concorrendo a vereador do Rio de Janeiro. O laudo da Polícia do Exército, no entanto, seria mais tarde desmentido pela Polícia Federal, que confirmou a caligrafia de Bolsonaro.
Bolsonaro, cresce politicamente e pode chegar à Presidência da República Brasileira, graças às bandalheiras politicas que enojam o país e às pessoas que o veem como a alternativa para coibi-las.
O discurso conservador e reacionário de Bolsonaro vem agradando a milhões de eleitores. Apesar de suas recentes negativas, suas declarações passadas demonstram preconceitos e discriminações, que ele hoje se esforça para esconder com receio que isso o atrapalhe na corrida ao Palácio do Planalto.
O eleitor, ao votar, deve lembrar-se que, além de escolher pessoas dignas e de reputação ilibada, temos que ter um presidente equilibrado. Deve recorda-se, ainda, que radicalismos, sejam de esquerda ou de direita, são perigosos e podem levar ao caos político e institucional.
Livros de Gil DePaula
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