Por Gil DePaula
(Publicado originalmente em 08/12/2017)
Hoje, ao rever fotos antigas de parentes que já se foram (não sei bem para onde) constatei o incontestável: um dia todos nós seremos apenas uma lembrança.
Em um momento qualquer, seremos recordados por um pensamento fugaz, por algo que dissemos ou fizemos, por uma velha foto desbotada, ou modernamente, por um arquivo digital escondido em uma pasta renomeada “fotos antigas”, vista em apenas um clique.
Na velha foto apareceremos sorridentes, abraçados a outras pessoas, cercados de parentes e amigos, e alguém dirá: “como ele/ela está bem nesta foto”. E outra pessoa perguntará: “Quem é este ou esta que está ao lado dela? ” “Ah! Este é fulano” responderá um outro alguém.
A sobrinha que nunca havia visto aquelas imagens exclamará: “Que legal! Vai pro meu arquivo”, embevecida em ver a imagem dos tios dançando na velha foto carcomida pelo tempo, e que demonstrava que os parentes eram verdadeiros “pés-de- valsa”.
E, aquela foto da mãe ou da velha tia (ainda nova) no dia do casamento, vestida de branco, carregando nas mãos um lindo buquê de flores? Esta foto receberá um “PUTZ”, seguido do “Que linda era minha tia!
Até o parente ou amigo considerado um chato será perdoado: “Como é bom rever fulano nesta foto. Que saudades! ”.
Alguns, verterão discretas lágrimas de saudades, outros não poderão esconder a saudade da privação dos seus entes queridos, e postarão fotos nas redes sociais, como a dizer: “Não esquecemos de vocês, jamais os esqueceremos! ”.
Porém, o tempo passará… até que aquele que recorda se torne uma mera recordação.
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