O Vermelho da Vergonha: A Camisa da Seleção e a Invasão da Política no Futebol

Por Gil DePaula

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em mais um gesto que beira o absurdo, acaba de anunciar que a Seleção Brasileira utilizará uma camisa vermelha na próxima Copa do Mundo. A justificativa pode ser técnica, estética ou “inovadora”, como dizem os marqueteiros de plantão. Mas qualquer brasileiro de memória e identidade nacional intactas sabe: trata-se de uma aberração, um rompimento escancarado com a tradição, com o símbolo mais sagrado do nosso futebol — a amarelinha, que representa não só um time, mas uma nação inteira.

O Brasil sempre entrou em campo vestindo suas cores: verde, amarelo, azul e branco — cores da nossa bandeira, da nossa história, do nosso povo. Essa identidade nunca precisou de retoques ideológicos ou experimentações estéticas que atentem contra seu simbolismo. A camisa canarinho foi vestida por Pelé, Garrincha, Romário, Ronaldo, e tantos outros ícones que jamais precisaram de artifícios políticos para inspirar o país. E agora, com essa decisão de colocar o vermelho em campo, a CBF não apenas desrespeita a tradição, mas também politiza de forma grotesca o maior símbolo do futebol nacional.

A escolha do vermelho, em um país onde essa cor está historicamente atrelada à esquerda e, sobretudo, ao PT, não é inocente — é uma provocação. É uma bandeira ideológica travestida de modernidade. Não bastasse termos a política infiltrada em todos os aspectos da vida pública e privada, agora ela invade também o campo sagrado do esporte. Como se não bastassem os escândalos, os fracassos e os desmandos da entidade máxima do futebol, agora temos que assistir à camisa da Seleção sendo transformada em instrumento de marketing político.

A maioria dos brasileiros — aqueles que ainda respeitam os símbolos nacionais, que torcem pela Seleção por amor ao país, e não por paixões ideológicas — está indignada. Não é sobre estética. É sobre identidade. É sobre respeito à história. E isso foi quebrado.

Naturalmente, os setores da esquerda comemoram a novidade. Aplaudem o vermelho como se estivessem vendo uma extensão de sua ideologia correndo pelos gramados. O bom senso, a neutralidade que o esporte deveria preservar, são varridos do campo. Vale o símbolo, vale a imposição de narrativas, vale pintar tudo de vermelho, até mesmo aquilo que pertence a todos.

Essa decisão não deve passar impune. O torcedor brasileiro, que vibra, chora e sonha com cada Copa, precisa se manifestar. Não podemos permitir que o futebol, o mais popular e amado dos esportes, seja sequestrado por agendas políticas. Se a CBF quer homenagear ideologias, que o faça fora da Seleção. O Brasil não é vermelho. O Brasil é verde, amarelo, azul e branco. E é assim que deve entrar em campo.

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