Além de excêntrico escritor de romances policiais, Andrew Wyke tem uma esposa — que, por sua vez, tem um amante. Ele almeja o divórcio, mas não quer dividir os bens, e para isso arquiteta um plano com a sagacidade de um criador, ou melhor, de um ex-marido. Essa é a trama central do thriller Em nome do jogo, em cartaz na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, neste sábado (23/3) e domingo. O elenco conta com a interpretação elogiada de Marcos Caruso, no papel do escritor, e Erom Cordeiro, que encarna o cabeleireiro italiano Milo Tindolini. Originalmente, a peça escrita por Anthony Shaffer recebeu o nome de Sluth, que significa detetive, investigador. Com a essência da surpresa, tradicional aos roteiros policiais, o espetáculo foi considerado pelo New York Times um dos melhores já escritos com essa temática. O trunfo está nos jogos de inteligência, capazes de revelar, minuciosamente, as viradas que incidem sobre a história. “Aos poucos, os personagens vão descobrindo que estão sendo enganados — e a plateia também”, instiga Caruso.