Tanto se falou nesse assunto que nem parece que o pastor Marco Feliciano foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias há pouco mais de duas semanas, no dia 7 de março. A eleição do deputado, conhecido por suas declarações consideradas racistas e homofóbicas, deflagrou uma onda de protestos pelo país. A indignação reuniu no mesmo coro as vozes do movimento LGBT, da parcela da comunidade gay que geralmente é alheia aos fatos políticos e do movimento negro. E, para além disso, está causando uma mobilização social com número cada vez maior de participantes.
“A nomeação dele é tão absurda que até pessoas que não fazem parte das minorias se indignaram, veja a Xuxa e o protesto que ela fez”, comenta Paulo Iotti, advogado especializado em direito da diversidade sexual. A apresentadora foi a primeira de uma longa lista de personalidades da TV a se posicionar contra a eleição de Feliciano em seu perfil no Facebook. As redes sociais foram um amplificador dos protestos que se espalham em nível nacional e internacional. Manifestações que aconteceram por todo o país foram fotografadas, filmadas, comentadas na internet e já viraram notícia no mundo.