A principal linha de investigação para a morte de Christiane Mattos, 37 anos, é assustadora. Pela versão do suposto assassino, Walisson Santos Lemos, 23 anos, a professora foi esganada por R$ 15 e uma aliança de casamento. Em depoimento prestado na tarde de ontem, o suspeito preso na última quinta-feira, véspera do feriado da semana santa, contou com detalhes como teria assassinado a mulher, mãe de duas crianças, de 2 e 7 anos, moradora da 214 Sul.
Segundo o relato na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), ele a abordou na garagem do Pátio Brasil, shopping na região central de Brasília, depois de Christiane guardar no carro a bolsa e uma sacola com ovos de Páscoa. Antes que ela travasse as portas do Fiat Bravo, Walisson entrou no banco do carona e a ameaçou. Com um celular, simulou uma arma e mandou que a professora se dirigisse ao Parque da Cidade, onde a matou.
Depois de três dias de suspense desde a prisão do suposto assassino, a Polícia Civil do DF apresentou ontem o trabalho de elucidação do crime. A delegada-chefe da 1ª DP, Mabel Alves de Faria, conta que tem convicção da autoria, mas ainda restam dúvidas sobre a motivação. Até o momento, não há evidências, segundo a investigadora, de que Christiane conhecesse o algoz. Casada com o sargento da Aeronáutica Marcos Aurélio Mattos, a professora de uma escola pública da 204 Sul saiu de casa para fazer compras e deveria buscar os filhos no colégio às 17h30, na 706 Sul. Morreu antes desse horário, esganada com um golpe conhecido como mata-leão, depois de ser atingida com um soco no rosto.
Fonte: Correio Braziliense