A luz é um símbolo marcante em praticamente todas as religiões e sempre foi ligada à divindade. Acender velas seria uma maneira de chegar mais perto do divino. “Segundo a Sagrada Escritura, antes da Criação do mundo tudo era uma grande confusão, o caos, a desordem, até que Deus mandou que se fizesse a luz (Gn 1, 1-3).
Daí em diante, passagens bíblicas atestam: ‘O Senhor é a minha luz’, ou ainda, “Cristo é a luz do mundo”. Vale lembrar que os primeiros cristãos chamavam o batismo de “iluminação”, por ser quando o batizando recebia a luz de Cristo.
Para o cristão é preciso caminhar como filho da luz, pois quem nasceu da luz é luz. Como os santos são pessoas que viveram em plenitude esse “compromisso iluminado”, acender velas para eles é uma forma do crente alcançar o caminho da luz.
As velas são usadas no altar desde o século XI, até então elas eram colocadas à frente, dos lados, ou atrás dele. Quanto aos mortos, era costume colocar uma vela benta em suas mãos. Ela deveria ser acesa no momento em que o sacerdote desse início ao rito de encomendação da alma, para que os novos caminhos do falecido fossem iluminados pela luz emanada por Cristo Salvador.