Por Gil DePaula
Tenho acompanhado na mídia e nas redes sociais, os desdobramentos do atentado que sofreu o candidato a Presidência da República Jair Bolsonaro. Enquanto alguns se mostram revoltados, outros chegam até a sugerir que o acontecimento foi provocado pelas atitudes dele, difundidas e conhecidas.
Uma parcela, que me parece totalmente fora da realidade, chega a aventar que tudo não passa de uma farsa, demonstrando seu radicalismo ou ignorância.
Uma charge, divulgada nas redes sócias, me chamou a atenção em especial: nela, um repórter entrevistando o agressor lhe pergunta: Por que você deu o golpe de faca? E recebe como resposta: Ainda não é tão fácil conseguir uma arma de fogo neste país. Insinuando, que se não houvesse no país o estatuto do desarmamento, combatido por Bolsonaro, ele poderia ter sido atingido por uma arma de fogo.
Ao contrário do que alguns possam imaginar, qualquer pessoa que desejar, consegue adquirir uma arma de fogo no “mercado informal”. Prova disso, são os marginais que continuam fortemente armados do norte ao sul do nosso país.
Alguns, que chamaremos de “pés-de-chinelo”, atacam com armas calibre 38, ou equivalente. Já, os organizados em quadrilhas, possuem armas mais pesadas, que passam pelos fuzis e chegam até às metralhadoras. Nunca vi bandido “tocar o terror” armado apenas com o dedo.
A população sim, está desarmada e refém dos marginais. Isto, não quer dizer que devemos liberar indiscriminadamente o porte de arma, pois muitos de nós se mostram, psicologicamente, incapaz de possuir qualquer tipo de armamento. Essa liberação deve ser permitida ao cidadão, que após testes e treinamento, se mostre capaz de manusear uma arma, sem colocar a vida das pessoas de bem em risco.
Se o criminoso que atentou contra a vida do Bolsonaro, quisesse fazê-lo com arma de fogo o teria feito. Se perguntares, porque não o fez, a pergunta deve ser dirigida ao marginal.
Não podemos justificar um crime, baseado nos pensamentos da vítima. Nunca duvidei que Bolsonaro é racista, homofóbico e intransigente. Porém, defender ou galhofar do ataque covarde que ele sofreu, nos igualará a ele. Além disso, muitas das coisas que ele fala são verdades e precisam tomar um novo rumo.
Eu, sendo um cidadão de bem, quero ter o direito, bem como poder tomar a decisão de possuir – ou não – uma arma de fogo para minha defesa.
Livros de Gil DePaula
Bom dia, uma reflexão que não traz o Politicamente correto. Resgata sim a necessidade de fazermos análises coerentes e civilizadas. Parabéns Gil !!!!
Bom dia,Isaac! Realmente, necessitamos sermos reflexivos e coerentes. Abraços!