Perdeu… Mané!

Por Gil DePaula

Barroso Perdeu... Mané!

Quando nos dirigimos a outra pessoa chamando-a de “Mané”, queremos desqualificar esse indivíduo afirmando que ele é sem capacidade, pouco inteligente; paspalhão ou tolo. Essa é uma expressão pejorativa utilizada para demonstrar uma suposta superioridade de um sujeito sobre o outro, evidenciando a esperteza do agressor.

Sempre entendi que a soberba é um dos principais defeitos que um ser humano pode carregar dentro de si. Nos acharmos superior a outrem por termos mais estudo, ocuparmos um cargo profissional mais relevante, termos mais dinheiro e por aí vai, é de uma idiotice tão grande, que somente confirma a pequenez dos que assim procedem.

O uso do “Mané”, por qualquer um de nós, para desqualificar qualquer pessoa é ultrajante. Agora, imaginemos que essa expressão seja usada contra um senhor por um integrante da nossa suprema corte, e que esse uso se deu perante a uma simples pergunta realizada por essa pessoa, ao ministro. Pois isso aconteceu.

O ministro Barroso, aquele mesmo que afirmou: “Eleição não se ganha. Eleição se toma”. Protagonizou mais esse descalabro. Em Nova York, arguido sobre o código fonte das urnas eletrônicas do Brasil, ele irritou-se e disse: “Perdeu Mané. Não amola”. Evidenciando, que ele tem um lado, e que esse lado é o vencedor, deixando implícito a sua esperteza perante aos milhões de “Manés”, que ficaram do outro lado, aquele que perdeu as eleições.

Em outro texto que escrevi, intitulado “STF: A Suprema Vergonha de Cada Dia” afirmei, que em meu entendimento, a suprema corte brasileira deveria se um reduto de homens de notável sapiência, reputação ilibada e alto senso de justiça, pois sobre ela pesa as decisões da justiça proferidas em última instância que não deve ter mais nenhuma possibilidade de recurso ou apelação.

Infelizmente, a cada dia que passa, comprovamos o oposto do meu desejo. Ministros, tais quais, Barroso e Alexandre de Moraes, evidenciam toda sua parvidade em diversos momentos e acontecimentos. São soberbos, irascíveis, parciais e passionais. E mesmo aqueles que ainda se atrevem a defendê-los, têm consciência disso.

Lembrando a copa do mundo que se aproxima, saudades eu tenho mesmo é do outro Mané, o Mané Garrincha, aquele que dava nó nos gringos com a bola. E que, apesar de ser chamado de Mané, era o retrato da esperteza. A esperteza sadia. A esperteza que orgulhou o Brasil. O mulato pobre que encantou o mundo. O menino garoto, que somente queria amar a sua Elza e jogar bola. Cuja a maior esperteza era ser honesto!

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