O boxe sempre foi um dos esportes mais tradicionais e populares do mundo, consagrando, até hoje, alguns dos maiores atletas de todos os tempos. No ringue, dois lutadores precisam demonstrar suas habilidades para vencer o combate.
Condicionamento físico, força e agilidade são essenciais para um atleta de boxe ter sucesso. Mas, o talento genuíno e natural, dentro e fora de um ringue, transformam lutadores em ídolos inesquecíveis. Vamos aos melhores!
Floyd Mayweather
Sempre disposto a sair da aposentadoria para comemorar seus 50-0-0 no ringue, Floyd “Money” Mayweather é famoso tanto pelos golpes potentes e a invencibilidade absoluta, quanto por sua ostentação interminável.
Por bons anos, ele foi o atleta mais bem pago do mundo, e com muita diferença para o segundo colocado. Com quinze títulos mundiais em quatro categorias diferentes, é muito difícil encontrar alguém tão dominante quanto Mayweather.
Apesar da ganância, ele tem uma carreira perfeita dentro do ringue, algo então inédito, e é considerado por muitos, na comunidade do boxe, como o maior de todos os tempos.
Manny Pacquiao
Único campeão mundial de oito divisões na história do boxe, Manny Pacquiao apresentou algumas das performances mais memoráveis do esporte no ringue. Ele aniquilou Oscar De La Hoya em 2008, eliminou Ricky Hatton (em menos de seis minutos) em 2009 e derrotou Miguel Cotto alguns meses depois.
No entanto, Pacquiao perdeu para Mayweather na “Luta do Século”, em 2015, e aí foi colocado a um nível abaixo do adversário. Hoje, Pacquiao é senador nas Filipinas, utilizando a força e a popularidade que o boxe lhe deu para atuar na política.
Muhammad Ali
Aclamado por muitos como o maior boxeador de todos os tempos, ele até se denominava “O Maior”. Muhammad Ali é absoluto quando se trata de influência política e cultural. No ringue, seu recorde pessoal de invencibilidade foi afetado por uma pausa de quatro anos na carreira, quando o lutador se negou a lutar na Guerra do Vietnã, mas o retorno foi impressionante, no tamanho de Ali.
Ele recuperou duas vezes o título de pesos-pesados e continuou a ser um embaixador da paz pelo mundo. Em 2005, o pugilista recebeu a maior honra civil dos EUA: ele ganhou a Medalha Presidencial da Liberdade, em uma cerimônia na Casa Branca (residência oficial do presidente dos Estados Unidos), em Washington. Por toda a influência dentro e fora do ringue, Ali é considerado um dos grandes atletas da história, em todos os esportes.
Carlos Monzon
Antes do ‘playboy’ argentino Carlos Monzon ser condenado a 11 anos de prisão por matar a namorada Alicia Muniz, em 1988, ele segurou indiscutivelmente o cinturão dos médios por sete anos. “Ele continua sendo um ídolo violento e falho e um dos maiores pesos médios da história”, analisou certa vez o jornalista Steve Bunce, especialista em boxe, no ‘The Independent’. Em 1995, Monzon morreu em um acidente de carro.
Sugar Ray Robinson
Sugar Ray Robinson, aclamado por Muhammad Ali como “o rei, o mestre, meu ídolo”, foi a inspiração para o ranking “libra por libra”, criado para descrever um boxeador cuja habilidade no ringue o coloca acima de todos os outros lutadores do mundo. Em qualquer divisão de peso.
Ele foi o campeão dos meio-médios por cinco anos consecutivos (1946 a 1951) e cinco vezes campeão dos médios, entre 1951 e 1960. Certa vez, Sugar Ray Leonard, outra lenda do boxe com o mesmo nome, foi comparado a Robinson. À época, o paralelo foi considerado descabido por muitos. “Alguém disse uma vez que há uma comparação entre Sugar Ray Leonard e Sugar Ray Robinson. Acredite, não há comparação. Sugar Ray Robinson foi o melhor.”
Bernard Hopkins
Durante 28 anos de carreira (1988 a 2016), Bernard “The Executioner” Hopkins realizou vários campeonatos mundiais nos médios e leves. Em 2004, quando derrotou Oscar De La Hoya pelo título da WBO, Hopkins se tornou o primeiro boxeador masculino a manter simultaneamente títulos mundiais nos quatro principais órgãos que sancionam o boxe.
Quando ganhou o título dos meio-pesados, em 2011, aos 46 anos, Hopkins se tornou o pugilista mais velho a vencer um campeonato mundial na história da modalidade. O recorde anterior era de George Foreman, campeão do mundo aos 45 anos, em 1994.
Joe Louis
Joe “Brown Bomber” Louis é daqueles lutadores que fizeram sucesso no ringue, mas representaram até mais fora dele. Em 1938, quando venceu o alemão Max Schmeling, ele se tornou um dos primeiros atletas negros a alcançar o status de herói nacional nos Estados Unidos. Mas o legado nos Estados Unidos não se baseou apenas nessa luta.
Louis permaneceu como campeão dos pesos pesados de 1937 a 1949 e, durante esse tempo, defendeu o título vinte e cinco vezes. Ele se tornou o campeão mundial mais pesado do mundo e ainda apostou em uma carreira militar, já mais velho, na década de 1940.
O boxeador, que entrou como soldado no exército americano em 1942, alcançou o posto de sargento em 1945. Em 1993, o legado virou homenagem: Joe Louis se tornou o primeiro pugilista a ser homenageado pelo serviço postal dos EUA, com um selo comemorativo de 29 centavos.
Archie Moore
Também conhecido como “Mongoose”, Archie Moore é o campeão mundial dos pesos-pesados mais antigo de todos os tempos. Ele também é dono do recorde de número de nocautes (145) em uma carreira como boxeador. O segredo do sucesso? “Sempre exercitar a mente e nunca acompanhar o tempo”. Esta foi uma das frases repetidas pelo norte-americano ao longo da vida.
Ele faleceu em 1998, mas foi um dos primeiros a popularizar o esporte e até hoje é respeitado pela comunidade da luta.
Oscar De La Hoya
Oscar De La Hoya, o mexicano, que depois conseguiu a dupla nacionalidade e representou os Estados Unidos, começou no boxe com apenas cinco anos e se tornou um dos mais populares do mundo. O talento no ringue e a mídia fora dele fizeram com que Hoya vencesse dez títulos mundiais em seis divisões, e se tornasse o atleta mais rico da história da modalidade no início do século XXI.
Depois de se aposentar, em 2009, De La Hoya virou um empresário da modalidade e, com a Golden Boy Promotions, revelou alguns dos grandes nomes mais recentes do boxe, incluindo Floyd Mayweather e Manny Pacquiao.
Em 2018, De La Hoya foi fundamental para que Canelo Álvarez firmasse um dos maiores contratos esportivos da história. O mexicano fechou acordo com um serviço de streaming de esportes, por cinco anos, no valor de 365 milhões de dólares.
Julio César Chávez
Campeão do mundo em três divisões (superpluma, leve e meio-leve), o mexicano Julio César Chávez competiu profissionalmente de 1980 a 2005 e virou um ídolo em seu país. Ele possui o recorde de defesas de títulos mundiais (27) e foi responsável por uma corrida ininterrupta e impressionante de 87 vitórias.
Sua primeira derrota profissional aconteceu em 1994, para Frankie Randall. Um ano antes, Chávez já havia “derrubado” o Estádio Azteca. Ele venceu Greg Haugen em uma luta para 132.272 pessoas. À época, 1993, o combate estabeleceu o novo recorde de público em um evento de boxe.
Livros de Gil DePaula -- www.clubedeautores.com.br
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Achei que veria Tyson nessa lista, mas foi muito legal conhecer esses outros nomes. Valeu!
Obrigado Rogério, pelo comentário no blog do Gil.
Julio César Chávez
Maior de todos os tempos e de todas as categorias….
Obrigado Felipe, pelo comentário no blog do Gil.