Este texto foi publicado no jornal espírita “A Nova Era”, de Franca-SP, em 31 de março de 1986, sendo sua autora Maria Helena Fernandes Leite. compilação e republicação: Gil DePaula.
Era uma vez um Grilo e um Vagalume. Conversavam seriamente entre as folhagens de um belo jardim.
Dizia o Vagalume:
– Como eu gostaria de levar a luz nesses escuros lares desse mundo afora. Mas minha luminosidade é tão pequena, quase apagada. Se pelo menos eu iluminasse um pouco mais…
– Ah! – falou por sua vez o Grilo – Como eu gostaria de levar meu canto nesses tristes lares. Mas meu canto é tão fraco. Se pelo menos meu canto fosse mais forte e melodioso…
Nisso ouviram uma voz, bem ali pertinho:
– Vagalume… Comece a iluminar os lares do jeito que você é. Por sua vontade, pelo seu esforço em querer fazer o bem, um dia será como o sol que irradia luz por todos os cantos. E você grilinho! Comece com o seu canto mesmo fraco. Pelo seu esforço em fazer o bem, sua melodia será um dia como a sinfonia das esferas mais altas, espalhando alegria por toda esta Natureza de Deus.
O Vagalume e o Grilo, espantados, entreolharam-se sem saber de onde vinha aquela voz.
– Sabe, grilinho – disse o Vagalume. Vou começar da forma que eu sou. O Que ou Quem nos falou há de nos ajudar.
– Eu também vou começar – falou o Grilo. Devemos confiar em alguém que nos quer tão bem.
E os dois amiguinhos começaram a sua missão. O Vagalume entrava nas tocas mais singelas até as casas mais suntuosas. E ele ia deixando uma réstia de luz na casa da dona Coruja, dona Girafa, do seu Macaco, até daquelas construídas pelo homem para abrigar seus animaizinhos de estimação.
E por onde ele passava, os corações eram tocados. O mesmo ia acontecendo com o Grilo. Seu canto deixava alegria em cada coração.
E assim foram cumprindo sua missão. O Vagalume aumentava mais e mais a sua luz e o Grilo melhorado sua melodia.
Cada um seguiu seu destino até que um dia se reencontraram entre as folhagens do belo jardim.
O Grilo não conteve sua admiração:
– Vagalume! Que maravilha! Que imensa luz você adquiriu!
E naquele jardim o canto melodioso do Grilo atraíram outros grilos e a luminosidade do Vagalume atraíram outros vagalumes. E todos diziam:
– Oh!… Oh!… Oh… e foi juntando mais e mais grilos e mais e mais vagalumes.
Após longa conversa o Vagalume se despediu para continuar sua missão de levar luz aos lares e com ele foi um cortejo de vagalumes, formando um facho de luz no céu.
O Grilo também saiu levando um cortejo de grilos cantando, espalhando alegria pela natureza.
Seja você também como o Vagalume, iluminando seu lar por meio da bondade, da calma, das boas palavras. E, tal qual ao Grilo leve melodia e alegria, construindo um mundo melhor.
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