Por Gil DePaula
A música, como expressão cultural, reflete o espírito de sua época, os valores, as lutas e as transformações sociais. Quando olhamos para as décadas de 1950, 60 e 70, encontramos uma riqueza musical que marcou gerações, tanto pelo lirismo quanto pela inovação sonora. Os artistas dessa época construíram melodias atemporais, que falam de amor, liberdade e mudanças sociais. Canções como “What a Wonderful World” de Louis Armstrong, “Imagine” de John Lennon e “Garota de Ipanema” de Tom Jobim transcenderam fronteiras e continuam emocionando públicos ao redor do mundo.
Essas décadas também trouxeram a era das grandes orquestrações, o surgimento do rock’n’roll, a Bossa Nova e o início de movimentos que usavam a música como ferramenta de transformação social. Os artistas muitas vezes combinavam poesia com uma melodia sofisticada, elevando a música a um patamar de arte que unia o popular ao erudito.
Hoje, a música passou por transformações significativas. O avanço da tecnologia e a facilidade de produção digital democratizaram o acesso à criação musical, mas também introduziram uma busca constante por fórmulas rápidas de sucesso, voltadas ao entretenimento imediato. Em gêneros como o funk, o trap e outros estilos populares, encontramos uma forte ênfase em batidas marcantes e letras que muitas vezes abordam temas apelativos ou controversos.
Embora o funk seja uma expressão legítima das periferias e represente uma voz importante para questões sociais e culturais, é inegável que parte de sua produção prioriza conteúdos explícitos, frequentemente centrados em temas como sexualidade e ostentação. Isso pode contrastar com a profundidade lírica e melódica de músicas de décadas passadas, que pareciam buscar uma conexão mais universal e atemporal.
Porém, é importante evitar generalizações. Assim como havia músicas descartáveis no passado, há produções contemporâneas de extrema qualidade, tanto no funk quanto em outros gêneros. Artistas modernos também exploram temas profundos e inovadores, buscando dialogar com as complexidades de nossa era. Além disso, cabe lembrar que as canções apelativas cumprem um papel no mercado e no contexto cultural de hoje, em um mundo cada vez mais imediato e diversificado.
Ao fim, a música segue como reflexo da sociedade, mostrando que tanto os clássicos quanto os sucessos efêmeros têm seu lugar. Cabe a nós, ouvintes, buscar o equilíbrio entre apreciar as riquezas do passado e identificar se pérolas continuam surgindo no presente.
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Terras dos Homens Perdidos – Gil DePaula (2017)
Terras dos Homens Perdidos, de Gil DePaula, é uma ficção histórica que explora a fundação de Brasília e o impacto da construção da nova capital na vida de brasileiros comuns. A narrativa é ambientada entre 1939 e 1960 e segue o drama de Maria Odete, uma mulher forte e resiliente, que relembra seu passado de desafios e desilusões enquanto enfrenta as dores do parto. Sua trajetória é entrelaçada com a história de dois fazendeiros rivais e orgulhosos, ambos chamados Antônio, que lutam pelo poder em meio a uma teia de vingança, traição e tragédias pessoais.
A obra destaca o cenário do interior brasileiro e a saga dos trabalhadores que ergueram Brasília com suor e sacrifício. Gil DePaula usa seu estilo detalhista para pintar um retrato das complexas interações humanas e sociais da época, onde paixões e rivalidades moldam o destino de seus personagens e refletem as transformações de uma nação. A obra combina realismo com uma narrativa de intensa carga emocional, capturando tanto a grandeza da construção da capital quanto as pequenas tragédias pessoais que marcaram sua fundação
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