STF: O Reino do Pequeno Homem

Por Gil DePaula

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A história nos conta que o grande general americano George Marshall tinha como desafeto o general Douglas MacArthur, uma figura igualmente icônica, mas polêmica, conhecida por seu ego inflado e por suas declarações públicas muitas vezes desafiadoras.

Durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra da Coreia, MacArthur teve várias desavenças com o governo americano e com outros líderes militares, incluindo o presidente Harry Truman. MacArthur era famoso por suas críticas duras e, em muitas ocasiões, expressou desdém por Marshall.

Após a guerra, em uma reunião com repórteres, Marshall foi questionado sobre MacArthur. Muitos esperavam que ele criticasse o general, especialmente devido às tensões que haviam ocorrido entre eles. No entanto, Marshall surpreendeu a todos com sua resposta: “MacArthur é um dos maiores soldados que este país já produziu”.

Essa resposta demonstrou a grandeza de caráter de Marshall. Em vez de se rebaixar a críticas pessoais, ele reconheceu o valor de seu adversário, demonstrando que líderes verdadeiramente grandes não guardam rancores nem agem por vingança.

Esperar que pequenos homens tenham atitudes grandiosas, no entanto, pode ser esperar demais. Essa realidade é evidenciada de forma inequívoca pelo ministro Alexandre de Moraes, que, sob o pretexto de defender a democracia, afronta a Constituição, os demais poderes constituídos e, beirando a insanidade, investiga, julga, pune e prende qualquer um que considere uma ameaça ao Estado de Direito — um conceito que ele próprio desvirtua. Empresários, jornalistas, congressistas, idosos, mulheres, jovens ou militares: basta que expressem opiniões contrárias ao que ele julga certo para se tornarem alvo de suas ações. Moraes é amplamente aplaudido pela esquerda, que vê nele um instrumento eficaz contra a direita.

Em sua cruzada pela “defesa da democracia”, Moraes jogou no lixo a liberdade de expressão e reviveu a censura que todos esperavam ter sido definitivamente enterrada após o período militar. Sua sanha censorial não encontra limites, tornando-se cada vez mais uma ameaça à própria democracia que ele alega proteger.

Uma das principais críticas refere-se às medidas de censura impostas por Moraes. Em abril de 2024, ele determinou a inclusão de Elon Musk, proprietário da plataforma X (antigo Twitter), como investigado no inquérito das milícias digitais, após Musk criticar suas decisões. Musk afirmou que as ações de Moraes violavam a legislação brasileira.

Moraes tem sido protagonista no inquérito das fake news, que investiga a disseminação de notícias falsas e ataques às instituições democráticas. Juristas argumentam que suas medidas — como buscas e apreensões e bloqueios de contas em redes sociais — carecem de base legal sólida e configuram abuso de poder. O senador Esperidião Amin, por exemplo, afirmou que tais ações revelam a parcialidade do ministro.

As decisões de Moraes também suscitaram debates sobre a separação dos poderes. Em 2022, ele esteve envolvido em uma crise entre o Judiciário e o Legislativo ao determinar medidas contra o então deputado federal Daniel Silveira, gerando discussões sobre possíveis excessos e interferências indevidas entre os poderes da República.

As ações de Moraes não passaram despercebidas internacionalmente. Comissões nos Estados Unidos acusaram o ministro de censurar a oposição ao governo brasileiro, destacando a preocupação com a liberdade de expressão e os direitos civis no país.

As medidas adotadas por Alexandre de Moraes têm gerado um debate significativo sobre os limites da atuação judicial no Brasil. A falta de controle sobre suas decisões, aliada ao apoio incondicional que recebe de determinados setores políticos, configura um cenário preocupante para o futuro da democracia brasileira.

Não devemos esperar de Moraes qualquer tipo de empatia ou grandeza moral. Ele trata as questões que surgem como se fossem problemas pessoais, conduzindo suas ações de maneira vingativa e arbitrária. Seu apego ao poder e a obsessão por controle institucional mostram que ele já se lambuza no poder pelo poder.

De pequenos homens não devemos esperar virtudes que nunca adquiriram.

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Terras dos Homens Perdidos, de Gil DePaula, é uma ficção histórica que explora a fundação de Brasília e o impacto da construção da nova capital na vida de brasileiros comuns. A narrativa é ambientada entre 1939 e 1960 e segue o drama de Maria Odete, uma mulher forte e resiliente, que relembra seu passado de desafios e desilusões enquanto enfrenta as dores do parto. Sua trajetória é entrelaçada com a história de dois fazendeiros rivais e orgulhosos, ambos chamados Antônio, que lutam pelo poder em meio a uma teia de vingança, traição e tragédias pessoais.

A obra destaca o cenário do interior brasileiro e a saga dos trabalhadores que ergueram Brasília com suor e sacrifício. Gil DePaula usa seu estilo detalhista para pintar um retrato das complexas interações humanas e sociais da época, onde paixões e rivalidades moldam o destino de seus personagens e refletem as transformações de uma nação. A obra combina realismo com uma narrativa de intensa carga emocional, capturando tanto a grandeza da construção da capital quanto as pequenas tragédias pessoais que marcaram sua fundação​.

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