Por Gil DePaula
O debate entre conservadores e progressistas é uma constante na política, sendo esses dois polos responsáveis por grande parte das disputas ideológicas que moldam as sociedades. Entretanto, a compreensão desses conceitos muitas vezes é deturpada por narrativas políticas, especialmente no que diz respeito ao termo “progressista”, que é amplamente reivindicado pela esquerda.
O Que São Conservadores e Progressistas?
Os conservadores são aqueles que defendem a manutenção das tradições, instituições e valores que consideram fundamentais para a estabilidade da sociedade. Para o conservadorismo, mudanças devem ocorrer de forma gradual e apenas quando necessárias, de modo a preservar a ordem social e evitar rupturas bruscas que possam gerar caos ou instabilidade.
Os progressistas, por outro lado, defendem mudanças mais rápidas e amplas, buscando reformas profundas que alterem as estruturas existentes para atender a novas demandas sociais. Em sua essência, o progressismo tem como princípio a ideia de que a sociedade deve sempre evoluir e superar os valores antigos, adaptando-se às novas realidades.
A Esquerda e o Uso do Termo “Progressista”
Na política moderna, o termo “progressista” tornou-se praticamente um sinônimo da esquerda, que se autodenomina assim para se apresentar como a vanguarda das transformações sociais. No entanto, essa associação merece um olhar crítico, pois, em muitos casos, a esquerda não age necessariamente em prol do verdadeiro progresso, mas sim de uma agenda ideológica específica.
Historicamente, muitas revoluções e regimes de esquerda que se diziam progressistas acabaram por instaurar sistemas autoritários e centralizadores, cerceando liberdades individuais e impondo mudanças à força. Dessa forma, a esquerda frequentemente se vale do termo “progressista” para validar suas ações, mesmo quando elas envolvem imposição de pensamento único, censura a opiniões divergentes e um Estado cada vez mais controlador.
Além disso, há um paradoxo na maneira como a esquerda se apropria do progressismo. Em muitas ocasiões, ela não promove avanços reais, mas sim uma reinterpretação ideológica da história e da cultura, buscando destruir símbolos e instituições tradicionais sob a justificativa de renovação. Isso muitas vezes resulta em radicalismo, polarização e até mesmo em políticas ineficientes ou contraproducentes.
Progressismo Fora da Política
Quando o termo “progressista” é retirado do contexto político, ele adquire um significado mais amplo e, de fato, representa o avanço em diversas áreas, como tecnologia, ciência e direitos humanos. O verdadeiro progresso ocorre quando há inovação, desenvolvimento sustentável e melhorias reais na qualidade de vida das pessoas. No entanto, muitas das pautas progressistas defendidas pela esquerda acabam sendo meramente simbólicas ou ideológicas, sem impacto prático significativo para a sociedade.
Enquanto isso, a ideia de que os conservadores são necessariamente contrários ao progresso é um equívoco. Muitos avanços foram promovidos por líderes conservadores ou por sociedades que equilibraram tradição e inovação. O progresso genuíno não ocorre pela simples destruição do passado, mas sim pelo aprendizado com ele e pela construção de um futuro sólido baseado em experiências bem-sucedidas.
Conclusão
A apropriação do termo “progressista” pela esquerda não necessariamente reflete uma postura genuinamente voltada ao progresso, mas sim uma estratégia de comunicação para validar suas agendas. O radicalismo presente em muitos movimentos de esquerda contradiz a própria essência do verdadeiro progressismo, que deveria estar atrelado a avanços concretos e não a ideologias excludentes ou a tentativas de imposição cultural.
Portanto, ao analisar o cenário político, é essencial distinguir entre progresso real e mudanças ideológicas forçadas. O debate entre conservadorismo e progressismo deve ocorrer de forma honesta, sem que um lado monopolize o conceito de evolução social.
Conheça Outras Publicações do Portal
Livros de Gil DePaula
www.clubedeautores.com.br — www.editoraviseu.com.br — gildepaulla@gmail.com
Terras dos Homens Perdidos – Gil DePaula (2017)
Terras dos Homens Perdidos, de Gil DePaula, é uma ficção histórica que explora a fundação de Brasília e o impacto da construção da nova capital na vida de brasileiros comuns. A narrativa é ambientada entre 1939 e 1960 e segue o drama de Maria Odete, uma mulher forte e resiliente, que relembra seu passado de desafios e desilusões enquanto enfrenta as dores do parto. Sua trajetória é entrelaçada com a história de dois fazendeiros rivais e orgulhosos, ambos chamados Antônio, que lutam pelo poder em meio a uma teia de vingança, traição e tragédias pessoais.
A obra destaca o cenário do interior brasileiro e a saga dos trabalhadores que ergueram Brasília com suor e sacrifício. Gil DePaula usa seu estilo detalhista para pintar um retrato das complexas interações humanas e sociais da época, onde paixões e rivalidades moldam o destino de seus personagens e refletem as transformações de uma nação. A obra combina realismo com uma narrativa de intensa carga emocional, capturando tanto a grandeza da construção da capital quanto as pequenas tragédias pessoais que marcaram sua fundação.
Para saber mais sobre o livro ou adquirir uma cópia, você pode encontrá-lo em sites como o Clube de Autores ou por meio do e-mail:
gildepaulla@gmail.com
O Baú das Histórias Inusitadas
Clique aqui
https://clubedeautores.com.br/livro/o-bau-das-historias-inusitadas-2
Terras dos Homens Perdidos
Clique aqui
https://clubedeautores.com.br/livro/terras-dos-homens-perdidos