Gil DePaula
O Dogmatismo Ideológico e a Cegueira Seletiva
A esquerda brasileira, especialmente a que se identifica com o progressismo e o socialismo, adotou ao longo dos anos um comportamento dogmático, no qual a ideologia se sobrepõe aos fatos e à realidade objetiva. Isso leva à negação ou relativização dos erros e crimes cometidos por seus líderes.
Essa cegueira seletiva ocorre por vários motivos:
A ilusão da superioridade moral: O discurso predominante da esquerda é de que suas intenções são nobres, pois buscam “justiça social”, “equidade” e “proteção dos pobres”. Com isso, mesmo quando envolvida em escândalos de corrupção ou desastres econômicos, a esquerda sempre encontra uma forma de justificar seus atos como sendo “pelo bem do povo”.
A demonização do adversário: Qualquer um que se oponha ou critique os desmandos da esquerda é automaticamente rotulado de “fascista”, “extremista”, “golpista” ou “reacionário”. Essa estratégia não apenas protege seus líderes de críticas legítimas, mas também impede que seus seguidores questionem suas próprias crenças, pois seriam considerados “traidores” se o fizessem.
A doutrinação educacional e midiática: A esquerda domina setores da educação, da cultura e da mídia há décadas, criando uma visão distorcida da realidade. O ensino universitário, por exemplo, forma militantes em vez de pensadores críticos, alimentando a ideia de que o único caminho possível para o país é o da esquerda.
Essa estrutura ideológica fortalece a ideia de que os crimes cometidos pela esquerda são “erros necessários” ou “exageros da mídia golpista”, enquanto qualquer escândalo de corrupção do outro lado político é tratado como prova definitiva da perversidade da direita.
O Papel da Mídia e das Narrativas Políticas
A forma como os escândalos políticos são noticiados no Brasil também contribui para a impunidade da esquerda e a blindagem de seus líderes. A grande mídia, em sua maioria, tem alinhamento ideológico com pautas progressistas e, por isso, age seletivamente na cobertura de casos de corrupção e abusos de poder.
Exemplos concretos:
O escândalo do Mensalão (2005) foi tratado como um “deslize” do Partido dos Trabalhadores, e não como um esquema sistemático de compra de apoio parlamentar.
O Petrolão, que desviou bilhões da Petrobras, foi relativizado com narrativas de que “todos os partidos faziam o mesmo”.
Já casos como o Mensalão Mineiro, envolvendo políticos do PSDB, receberam tratamento muito mais duro por parte da imprensa, mostrando como a seletividade funciona.
Além da imprensa tradicional, a esquerda brasileira se especializou no uso da guerra de narrativas, que consiste em reinterpretar os fatos para favorecer sua versão da história. A corrupção da esquerda nunca é corrupção pura e simples; sempre há uma desculpa estrutural para justificar os desvios de dinheiro público.
A Suprema Corte e a Conivência com a Corrupção da Esquerda
O Supremo Tribunal Federal (STF), nos últimos anos, tem demonstrado uma postura política explícita, favorecendo a esquerda de maneira preocupante. Isso ocorre por diversos fatores:
Indicação política dos ministros: Como o Brasil permite que o presidente da República escolha os ministros do STF, os governos de esquerda nomearam juízes alinhados ideologicamente. Esse aparelhamento judicial gerou um ambiente em que os julgamentos frequentemente beneficiam a esquerda e prejudicam adversários políticos.
Judicialização da política: O STF, ao invés de atuar estritamente dentro dos limites da Constituição, tem tomado decisões políticas, anulando condenações de corruptos e interferindo no funcionamento dos demais poderes. Exemplo claro disso foi a anulação das condenações de Lula, alegando “erros processuais”, mesmo diante de provas contundentes dos crimes cometidos.
A proteção a certos políticos e perseguição seletiva
Ministros do STF tomaram decisões que anularam condenações de políticos de esquerda, enquanto foram implacáveis contra adversários da esquerda.
A censura a jornalistas e a criminalização de opiniões contrárias ao STF demonstram que o tribunal abandonou seu papel técnico e abraçou uma postura ativista.
Essa postura do STF fortalece a sensação de impunidade da esquerda, pois líderes que deveriam estar presos e banidos da política continuam a atuar livremente.
O Papel da Economia e da Dependência do Estado
A má administração econômica da esquerda no Brasil, especialmente durante os governos petistas, gerou recessão, desemprego e inflação, mas, paradoxalmente, parte da população continua apoiando essas políticas.
Isso ocorre porque a esquerda criou um sistema de dependência estatal, no qual grande parte dos eleitores depende do governo para sobreviver. Estratégias como:
Expansão descontrolada de programas assistencialistas, sem políticas de geração de emprego sustentável;
Inchaço da máquina pública, criando milhares de cargos para aliados políticos;
Demonização do setor privado, dificultando investimentos e crescimento econômico.
O resultado disso é um eleitorado que se sente refém do governo, pois teme perder os benefícios caso um grupo político contrário à esquerda assuma o poder.
A Esquerda no Brasil e o Mecanismo de Autoimunização
A esquerda brasileira criou um sistema de blindagem que impede a responsabilização de seus líderes e protege seus interesses políticos. Esse mecanismo funciona da seguinte maneira:
Doutrinação ideológica: Educação e cultura produzem militantes que defendem a esquerda independentemente dos fatos.
A mídia e a narrativa seletiva: Escândalos da esquerda são minimizados, enquanto qualquer erro da direita é amplificado.
A politização do STF: O judiciário favorece a esquerda ao anular condenações e impedir investigações.
A dependência do Estado: Políticas econômicas criam uma massa de eleitores reféns do governo, que votam por medo de perder benefícios.
Esse modelo permite que mesmo diante de casos claros de corrupção e incompetência, a esquerda mantenha grande parte de seu apoio intacto. O desafio para romper esse ciclo é imenso, pois exige reformas institucionais profundas, pluralidade no debate público e uma população mais informada e independente.
Se isso não acontecer, o Brasil continuará refém de um sistema no qual a corrupção e a má gestão da esquerda serão ignoradas, enquanto qualquer oposição será tratada como inimiga da democracia.
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Gil,
Este foi uma das marcantes leituras que você proporcionou ao seu público, descreveu com clareza a situação do país, mas permita-me ir além no seguinte trecho:
Essa estratégia “e o baixo QI da grande maioria de seus militantes” não apenas protegem seus líderes de críticas legítimas…
Abraços,
Wan