General Augusto Heleno: Um Nobre no Militarismo

Por Gil DePaula

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Sob o Comando de Augusto Heleno: Memórias de um Recruta na 11ª Cavalaria Mecanizada

Em meados de 1976, o Brasil estava sob o comando do governo militar e eu, desde janeiro, cumpria o serviço militar obrigatório na 11ª Cavalaria Mecanizada do Exército Brasileiro, em Brasília. Um fato curioso é que, apesar de já terem se passado vários meses, o quartel ainda não tinha um subcomandante. Era comandado unicamente pelo major Jaime, que acumulava as funções.

Em um dia qualquer da semana, que já não me recordo mais, foi “empossado” como subcomandante o então capitão Augusto Heleno, que imediatamente provocou uma verdadeira revolução na conduta de todos os militares que ali serviam — desde nós, recrutas, passando pelos praças, até os oficiais.

O carisma, a determinação, a capacidade e a inteligência do capitão Heleno eram tão marcantes que influenciavam a todos. Os exercícios de guerra comandados por ele, realizados no cerrado do Planalto Central, eram tão intensos que tínhamos a impressão de estarmos realmente cercados pelo inimigo, enfrentando uma guerra de verdade.

Quando ele chegou à 11ª Cavalaria Mecanizada, já havia um grupo de soldados selecionado para compor a equipe de atletas que disputaria a Corrida do Soldado — um evento que, ao menos na época, figurava entre os mais grandiosos realizados dentro do meio militar.

Apesar de a equipe já estar formada, eu, que não fazia parte dela, fui convocado pelo capitão Heleno para integrá-la. Além de me incluir, ele modificou completamente a rotina de treinamentos, a alimentação e a suplementação dos atletas. O resultado: nosso quartel, pela primeira vez, sagrou-se campeão da Corrida do Soldado em nossa categoria.

Do presidente Bolsonaro, podem-se apontar diversos deslizes. Mas, quanto a Augusto Heleno, não há nada em sua biografia que o desabone. Um militar correto, patriota, honesto, que sempre buscou o bem do território brasileiro e de seu povo. Tenho pouco orgulho das figuras ligadas à política e/ou aos governos. Entretanto, me orgulho de ter servido à pátria sob o comando desse homem.

Biografia


Augusto Heleno Ribeiro Pereira nasceu em Curitiba, no dia 29 de outubro de 1947. É general-de-exército da reserva do Exército Brasileiro. Filho de Ary de Oliveira Pereira e Edina Ribeiro Pereira, é casado com Sonia Pereira.

Foi comandante militar da Amazônia e chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército.

Manteve posições críticas em relação a políticas oficiais, especialmente diante da postura internacional no caso do Haiti e da política indigenista dos governos anteriores. No governo Jair Bolsonaro, ocupou o cargo de chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Graduou-se aspirante-a-oficial de cavalaria em 1969, na Academia Militar das Agulhas Negras, sendo o primeiro colocado de sua turma. Também liderou a classificação na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) e na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), recebendo a medalha Marechal Hermes de prata dourada com três coroas.

Ações

Como major, integrou a missão militar brasileira de instrução no Paraguai. Já como coronel, comandou a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas, e foi adido militar da Embaixada do Brasil em Paris, também acreditado em Bruxelas.

Como oficial-general, foi comandante da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada, do Centro de Capacitação Física do Exército, chefe do Centro de Comunicação Social do Exército e do Gabinete do Comandante do Exército.

Entre junho de 2004 e setembro de 2005, foi o primeiro comandante militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), composta por 6.250 soldados de 13 países — sete deles latino-americanos. Durante a missão, assim como o embaixador chileno Juan Gabriel Valdés, representante da ONU, Heleno expressou discordância com a estratégia internacional adotada no país caribenho.

Foi sucedido na MINUSTAH pelo general Urano Teixeira da Mata Bacelar, que, tragicamente, viria a suicidar-se em Porto Príncipe quatro meses depois, em janeiro de 2006. Ainda naquele ano, Heleno deu uma palestra na controversa Escola das Américas.

Mais tarde, como comandante militar da Amazônia, criticou duramente a política indigenista do governo Lula, classificando-a como “lamentável, para não dizer caótica”, durante palestra no Clube Militar, no Rio de Janeiro, no contexto da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol. Segundo ele, os indígenas “gravitam no entorno dos nossos pelotões porque estão completamente abandonados”.

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A obra destaca o cenário do interior brasileiro e a saga dos trabalhadores que ergueram Brasília com suor e sacrifício. Gil DePaula usa seu estilo detalhista para pintar um retrato das complexas interações humanas e sociais da época, onde paixões e rivalidades moldam o destino de seus personagens e refletem as transformações de uma nação. A obra combina realismo com uma narrativa de intensa carga emocional, capturando tanto a grandeza da construção da capital quanto as pequenas tragédias pessoais que marcaram sua fundação​.

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2 Comentários

  1. Parabéns Gil, neste momento conturbado a verdade nos traz segurança e clareza.

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