Por Gil DePaula
O Brasil se transformou, diante dos nossos olhos, no país da corrupção institucionalizada. Já não se trata de casos isolados, de escândalos pontuais ou de meia dúzia de políticos desonestos: é um sistema inteiro montado para roubar o povo, sugar os cofres públicos e manter a impunidade como regra.
Desde o primeiro governo de Lula, em 2003, a corrupção deixou de ser disfarçada e passou a ser praticada em escala industrial. O Mensalão foi a primeira prova dessa engrenagem, com deputados recebendo mesadas para vender seus votos. Era a democracia sendo comprada a preço de balcão. Mas aquilo, que já parecia monstruoso, foi apenas o ensaio de algo muito maior.
Veio então a Lava Jato, em 2014, revelando o maior esquema de saque ao patrimônio nacional já visto. A Petrobras, orgulho do povo, foi transformada em caixa eletrônico de partidos e empreiteiras. Bilhões de reais foram desviados enquanto hospitais fechavam, escolas caíam aos pedaços e trabalhadores pagavam a conta com suor e miséria. Pela primeira vez, vimos corruptos de alto escalão atrás das grades e acreditamos que o Brasil poderia, enfim, mudar.
Mas essa esperança durou pouco. O Supremo Tribunal Federal, que deveria ser o guardião da lei e da moralidade, assumiu o papel vergonhoso de avalista dos corruptos. Condenações foram anuladas, criminosos confessos foram libertados e investigações foram esvaziadas sob o pretexto de “falhas processuais”. O STF, na prática, se tornou o grande fiador da impunidade.
E os escândalos não param. O caso recente do INSS é mais uma ferida aberta: fraudes milionárias em benefícios, dinheiro público indo parar nos bolsos de quadrilhas enquanto milhares de brasileiros honestos esperam meses ou anos por uma aposentadoria justa. Isso não é acidente, não é falha administrativa: é roubo descarado, praticado sob o silêncio cúmplice das instituições.
A grande tragédia brasileira não é apenas a corrupção em si — é a certeza da impunidade. Quem rouba sabe que, no fim das contas, encontrará sempre um ministro complacente, uma brecha jurídica ou uma canetada salvadora. O crime compensa, e compensa muito, quando se tem foro privilegiado e amigos no topo do poder.
O Brasil vive um ciclo vicioso em que os corruptos mandam, roubam, são pegos, mas nunca pagam. E enquanto isso, o povo é tratado como massa de manobra, obrigado a sustentar, com seus impostos, uma máquina pública que serve mais ao crime do que à nação.
Se nada mudar, continuaremos a ser este triste retrato: o país em que a corrupção deixou de ser exceção para se tornar política de Estado. E aí fica a pergunta que não quer calar: até quando vamos aceitar viver num país onde o crime governa e a Justiça acoberta?
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Terras dos Homens Perdidos – Gil DePaula (2017)
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Terras dos Homens Perdidos, de Gil DePaula, é uma ficção histórica que explora a fundação de Brasília e o impacto da construção da nova capital na vida de brasileiros comuns. A narrativa é ambientada entre 1939 e 1960 e segue o drama de Maria Odete, uma mulher forte e resiliente, que relembra seu passado de desafios e desilusões enquanto enfrenta as dores do parto. Sua trajetória é entrelaçada com a história de dois fazendeiros rivais e orgulhosos, ambos chamados Antônio, que lutam pelo poder em meio a uma teia de vingança, traição e tragédias pessoais.
A obra destaca o cenário do interior brasileiro e a saga dos trabalhadores que ergueram Brasília com suor e sacrifício. Gil DePaula usa seu estilo detalhista para pintar um retrato das complexas interações humanas e sociais da época, onde paixões e rivalidades moldam o destino de seus personagens e refletem as transformações de uma nação. A obra combina realismo com uma narrativa de intensa carga emocional, capturando tanto a grandeza da construção da capital quanto as pequenas tragédias pessoais que marcaram sua fundação.
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