
Há um fenômeno recorrente na política brasileira contemporânea: o domínio da narrativa. A esquerda, em especial, parece ter compreendido como poucos o poder de construir enredos e moldar percepções para enfraquecer adversários e preservar sua hegemonia. Trata-se de uma engenharia simbólica — uma guerra de linguagem e de significados — que ultrapassa os limites do debate racional e adentra o território da manipulação emocional e moral.
Quando surge uma figura que foge ao controle ou ameaça esse domínio, como o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a máquina narrativa se põe em movimento. O modus operandi é conhecido: acusações seletivas, insinuações morais, e a tentativa sistemática de associar a imagem do adversário a ideias de autoritarismo, fascismo ou extremismo. Não importa o conteúdo das ações do acusado, mas sim a eficácia simbólica da etiqueta que se aplica a ele.
Essa estratégia não é nova. Antonio Gramsci, intelectual marxista italiano, já ensinava sobre a importância da hegemonia cultural: dominar o imaginário coletivo é mais eficaz do que dominar as armas. Na visão gramsciana, quem controla o discurso controla o poder. O que a esquerda brasileira faz hoje é aplicar, com refinamento tropical, esse princípio: construir narrativas que moldam a realidade política, transformando adversários em inimigos morais.
Mas há algo mais profundo — e mais perigoso — nesse processo. A acusação de “fascismo” tornou-se um mantra esvaziado, usado para desumanizar o oponente e, paradoxalmente, justificar práticas que se aproximam daquilo que a esquerda diz combater. O filósofo espanhol José Ortega y Gasset, ao tratar do comportamento das massas, advertia que quando a razão cede lugar à emoção política, nasce o impulso autoritário disfarçado de virtude. É exatamente o que se observa: quem se proclama defensor da democracia adota métodos de perseguição, silenciamento e cancelamento típicos de regimes totalitários.
O uso indiscriminado de termos como “fascista” ou “extremista” tornou-se um instrumento de poder simbólico. Na retórica esquerdista, todos os que não aderem ao seu projeto são reduzidos a caricaturas morais. Líderes como Javier Milei, Donald Trump e até Elon Musk — homens com trajetórias, contextos e ideologias distintas — são enquadrados num mesmo rótulo demonizador. O objetivo é simples: impedir qualquer debate real, criando um ambiente em que apenas a versão oficial é legítima.
A história, no entanto, ensina que regimes que se sustentam na manipulação narrativa acabam devorados por suas próprias mentiras. O filósofo Karl Popper advertia que sociedades abertas exigem tolerância, mas não com a intolerância travestida de virtude. Quando o discurso se torna uma arma para calar e destruir, a liberdade é a primeira vítima.
A esquerda brasileira domina o teatro das narrativas, mas sua força reside mais no medo que impõe do que na verdade que proclama. Ao transformar o debate político em um tribunal moral, ela tenta definir quem é digno de existir no espaço público. No entanto, como toda encenação, a realidade tende a se impor — e o público, cansado de enredos previsíveis, começa a perceber o truque.
Em tempos de histeria política, resistir à narrativa dominante é um ato de coragem intelectual. O desafio de quem pensa livremente é não se deixar arrastar pela farsa moralista travestida de virtude progressista. Afinal, como diria George Orwell, autor de 1984, “em tempos de engano universal, dizer a verdade é um ato revolucionário.”
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