Por Gil DePaula (Texto originalmente publicado em 23 de setembro de 2016)
Síndrome de Estocolmo é o nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor. De um ponto de vista psicanalítico, pessoas que possam ter desenvolvido experiências de caráter sádico ou masoquista implícito em sua personalidade, podem em certas circunstâncias de abuso desenvolver sentimentos de afeto e apego, dirigidos a agressores, ou qualquer perfil que se encaixe no quadro geral correspondente a síndrome de Estocolmo.
Há também a possibilidade, amplamente considerada, que possam desenvolver algum mecanismo inconsciente irracional de defesa, na tentativa de projetar sentimentos afetivos na figura do abusador que possam “amenizar” ou tentar “negociar” algum tipo de acordo entre a relação vítima/agressor na tentativa de reduzir a tensão entre os entes envolvidos.
De uma forma geral, estes processos psíquicos inconscientes e sua relação entre vítima/agressor, podem perfeitamente ser entendidos em uma ampla gama de contextos onde a situação de agressor e abusado se repete.
No Brasil, uma parcela considerada dos cidadãos, parecem ter desenvolvido, analogamente, a síndrome de Estocolmo, perante ex-dirigentes do país.
Pois vejamos:
Nos últimos tempos, as denúncias de corrupção no país, intensificaram-se de forma que beira o absurdo, quando se tem em conta o número de envolvidos e os valores surrupiados dos cofres públicos. Tudo amplamente divulgado e comprovado, e que, a cada dia, mais se descobre e se comprova. Capitaneando, essa aberração que é a falta de honestidade com a coisa pública, estava o famigerado Partido dos Trabalhadores (me pergunto: de quais trabalhadores?), conectados a políticos e empresários dos mais variados matizes.
O governo petista, ao assumir o poder, pegou um país equilibrado em suas contas, e com um índice de inflação baixo. Em um primeiro momento, iludiu a todos, com números que se mostraram promissores, em alguns setores do país. Porém, ao logo do governo petista, a sua incapacidade gerencial, bem como a desonestidade de seus pares, levou o Brasil à beira da bancarrota.
Os ganhos iniciais que o governo petista apresentou, se diluíram ao longo da sua gestão, levando, inclusive, ralo abaixo, o bom trabalho deixado por governos anteriores. A inflação disparou, o desemprego fustiga na carne o cidadão brasileiro, e o país sucumbiu na confiança estrangeira.
Diante deste quadro, podemos levantar o perfil daqueles que ainda defendem esses corruptos, e tentam, com suas peneiras vazadas, tapar o ocaso, que ronda o partido dos trabalhadores (???):
O primeiro defensor do PT, é aquele ligado ao partido, e que por esta ligação o defendem, defesa de fácil entendimento. O segundo, é aquele que se diz esquerdista, que tem como emblema não votar em partidos de direita, e sempre apresenta a mesma desculpa, culpando a imprensa e as elites (como se Lula e a família dele, a elite não pertencessem), preferindo fechar os olhos a bandalheira. O terceiro, que está cada vez mais escasso, é aquele que acreditava que obteria vantagens com o PT no poder.
Agora, o quarto defensor do PT, que é uma parcela considerável dos cidadãos brasileiros, provavelmente, sofre da síndrome de Estocolmo, pois se assim não fosse, o que levaria essas pessoas a defenderem que lhes roubou o sonho de uma vida melhor? Por que defenderiam quem lhes tirou o emprego abalando sua dignidade? Por que continuam a acreditar em vis ladrões, já denunciados e vários presos? Só há uma explicação: vivem uma experiência masoquista de amor aos seus algozes, sofrem do mal de Estocolmo.
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Segue considerações:
1. O governo petista, ao assumir o poder, pegou um país equilibrado em suas contas, e com um índice de inflação baixo.
Que falta de memória meu amigo, quando o PT assumiu em janeiro de 2003 o país estava um caos, o desemprego batia 15%, o caixa estava com míseros 30 bi emprestados do FMI e a inflação de 2002 foi de 14,5%. Se isso é equilíbrio e inflação baixa Deus que nos livre.
2. Porém, ao logo do governo petista, a sua incapacidade gerencial, bem como a desonestidade de seus pares, levou o Brasil à beira da bancarrota.
Ao longo do governo petista vários projetos de infraestrutura foram tocados, construção de hidrelétricas, ativação da indústria naval, produção ascendente do pré-sal e outros tantos, tivemos os menores índices de inflação e desemprego tendo este último atingido a marca de 4,2% nunca antes vista nesse país além de termos acumulado uma reserva de 380 bi de dólares. Desonestidade é termos vários políticos delatados várias vezes e com provas cabais de participação em falcatruas e por não serem no PT não vem ao caso como diz o justiceiro Moro que até o momento não incomodou, por exemplo, Eduardo Cunha com esposa e filha, Aécio Neves o campeão de delações, José Serra denunciado por levar 30 milhões em propina e por aí vai.
O governo que defendes quando estava no poder não pregou um prego numa barra de sabão, vendeu o filé das áreas estratégicas e saiu com uma reprovação recorde, enquanto o Lula saiu com 87% de aprovação.
Não sou filiado ao PT e nunca fui, aliás quem era petista na época de faculdade eras tu. A única coisa que esse pessoal que está voltando ao poder sabe fazer é remunerar bem a mídia para não divulgar suas falcatruas e poderem torrar o patrimônio do país em troca de propinas que nunca são investigadas.
Amigo Rogério, o artigo que publiquei reflete uma opinião pessoal sobre os fatos do pretérito recente. Nenhuma das minhas palavras são dirigidas especificamente a você, pois respeito muito sua opinião, sobre qualquer coisa, e acredito que se queremos defender a democracia as opiniões divergentes têm que ser respeitadas.
Engana-se você ao dizer que na época da faculdade eu era petista, pois nunca o fui, verdade esta, facilmente comprovada se você perguntar aos nossos amigos que foram do diretório acadêmico. Mas também não tenho compromisso com aquilo que julgar que foi um erro acreditar.
Outra coisa, que sempre está explicito nos meus artigos: não defendo nenhum governo ou partido político, pois sei que todos possuem pilantras em suas fileiras.
Abraços e obrigado por sua opinião.
Ótima análise. A propaganda de que lançam mão pra dar viabilidade a uma campanha cínica se baseia nas supostas conquistas do seu primeiro governo. Fazem de conta, testando a inteligência dos brasileiros, que o desastroso governo Dilma Rousseff não existiu, e que ele, além do legado de ruína da economia e de incremento no déficit nas contas públicas,
não pariu o maior escândalo de corrupção da história da nossa querida Banânia. Felizmente parece que a maioria do eleitorado não cairá nessa.
Agradecido estou por seu comentário no Blog do Gil.
Você expôs o meu pensamento.
Você expôs o meu pensamento!
Muito bom o texto. Expôs meus pensamentos.
Agradeço a sua participação com seus comentários no Blog do Gil.
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