Por Gil DePaula
Leitor assíduo de gibis que fui na infância, adolescência e por uma boa parte da vida adulta, confesso estar decepcionado com o filme Batman versus Superman. A película, que há meses é objeto de uma intensa campanha de marketing, não consegue empolgar, pois o enredo é confuso e pobre, comparável a uma colcha de retalhos, muito mal costurada.
As contradições com o universo DC das histórias em quadrinhos, são evidentes, mesmo que se permita a “licença poética”. Para começar; qualquer um sabe que Batman e Superman são de geração contemporânea. Entretanto, vemos um Batman envelhecido e sanguinário, e que apesar da idade, da experiência e do detetive que é, é facilmente manipulado por Lex Luthor, que, aliás, é um jovem nerd, mais novo que a dupla de heróis, outra incoerência.
Bem Affleck, é um Batman que convence: forte, psicopata e destemido. Se não fosse o momento piegas que protagoniza na cena em que, prestes a matar o Superman se desespera, quando o Homem de Aço cita o nome Marta (que é o nome da mãe de ambos os personagens), seria perfeito.
O Superman é retratado como um deus poderoso e musculoso, que mais uma vez opta por defender os mais fracos. Apenas isto, um personagem que não agrega nenhum conteúdo.
Gal Gadot, a Mulher Maravilha, é uma das melhores coisas do filme; guerreira, bonita e corajosa.
No mais, para que a Liga da Justiça se concretize, somos rapidamente apresentados a outros personagens: Flash, Ciborgue e Aquaman. Então, que venha a Liga! Que venha Darkseid e um filme melhor.