A Ordem dos Maçons Livres e Aceitos é uma sociedade secreta, porém, aberta a homens de todas as religiões, não são aceitos ateus e mulheres. Para fazer parte dela o indivíduo deve crer em Deus e ter uma conduta ética e honesta.
É evidente, que a falta de documentos e registros dignos de crédito, envolve a maçonaria numa penumbra histórica, o que faz com que os fantasistas, talvez pensando em engrandecê-la, inventem as histórias sobre os primórdios de sua existência. Há aqueles que ensinam que ela teve início na Mesopotâmia, outros confundem os movimentos religiosos do Egito e dos Caldeus como sendo trabalhos maçônicos. Há escritores que afirmam ser o Templo de Salomão o berço da Maçonaria.
A verdade da Maçonaria
A verdade da Maçonaria
O que existe de verdade é que a Maçonaria adota princípios e conteúdos filosóficos milenares, que foram adotados por instituições como as “Guildas” (na Inglaterra), Compagnonnage (na França), Steinmetzen (na Alemanha). O que a Maçonaria fez foi adotar todos aqueles sadios princípios que eram abraçados por instituições que existiram muito antes da formação de núcleos de trabalho que passaram à história como o nome de Maçonaria Operativa ou de Ofício. É, por sua natureza, universal, antidogmática e indivisível.
O nome da ordem vem do francês maçon, que quer dizer pedreiro. A organização surgiu na Idade Média, época de grandes construções em pedra – como castelos e catedrais –, a partir de uma espécie de embrião dos sindicatos: as chamadas corporações de ofício. Nelas se reuniam os trabalhadores medievais, tais quais; alfaiates, sapateiros e ferreiros, que guardavam suas técnicas a sete chaves. Os pedreiros, em especial, viajavam muito a trabalho. Por isso tinham uma certa liberdade, ao contrário dos servos, que deviam satisfação ao senhor feudal caso quisessem deixar suas terras. Daí vem o nome original “maçonaria livre”, ou freemasonry em inglês.
O Crescimento da Maçonaria
O Crescimento da Maçonaria
No final da Idade Média, a maçonaria passou a admitir outros membros, além de pedreiros. Transformou-se, assim, em uma fraternidade dedicada à liberdade de pensamento e expressão, religiosa ou política, e contra qualquer tipo de absolutismo. Tanto que a organização teve forte influência nos bastidores da Revolução Francesa e da independência dos Estados Unidos.
A maçonaria, sempre lutou pela liberdade e contra as injustiças, tendo confrontado a igreja católica, e por isso foi perseguida e quase extinta.
A Maçonaria no Brasil
A Maçonaria no Brasil
No Brasil, distinguiu-se na campanha pela extinção da escravatura negra no país, obtendo leis que foram abatendo o escravagismo, paulatinamente; entre elas, a “Lei Euzébio de Queiroz”, que extinguia o tráfico de escravos, em 1850, e a “Lei Visconde do Rio Branco”, de 1871, que declarava livre as crianças nascidas de escravas daí em diante. Euzébio de Queiroz foi maçom graduado e membro do Supremo Conselho da Grau 33; o Visconde do Rio Branco, como chefe de Gabinete Ministerial, foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil. O trabalho maçônico só parou com a abolição da escravatura, a 13 de maio de 1888.
A ditadura, também não suportava os ideais Maçônicos e moveu terrível perseguição aos Maçons Liberais, fechando consequentemente, a maioria das Lojas.
Régua e Compasso
Régua e Compasso
O símbolo da maçonaria remete aos instrumentos dos trabalhadores que, na Idade Média, dominavam as técnicas de construção em pedra.
1- O compasso, que desenha círculos perfeitos, representa a busca da perfeição pelo homem
2- A letra G, no centro de tudo, vem de God, “Deus” em inglês. Para os maçons, é Ele o Grande Arquiteto do Universo
3- O esquadro, que forma ângulos retos, lembra que o homem deve levar uma vida igualmente reta: ética e honesta
Influência Oculta
Influência Oculta
Uma variante da mesma simbologia aparece no verso da nota de 1 dólar. Nela, o esquadro e o compasso se resumem no triângulo que encabeça a pirâmide e representa a Santíssima Trindade. O olho em seu interior tem o mesmo significado da letra G: é Deus Onisciente, que tudo sabe e tudo vê. A explicação: três dos primeiros presidentes dos Estados Unidos e principais articuladores da independência do país – George Washington, Thomas Jefferson e Benjamin Franklin – eram maçons.
Maçons ilustres da História
Maçons ilustres da História
- Voltaire (1694-1778) – Filósofo francês
- J. W. Goethe (1749-1832) – Escritor alemão
- Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Compositor alemão
- Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Compositor austríaco
- Napoleão Bonaparte (1769-1821) – General e imperador francês
- José de San Martín (1778-1859) – General argentino
- Simón Bolívar (1783-1830) – General venezuelano
- José Bonifácio (1778-1859) – Cientista e político brasileiro
- Dom Pedro I (1798-1834) – Primeiro imperador do Brasil
- Duque de Caxias (1803-1880) – Comandante do exército
- Deodoro da Fonseca (1827-1892) – Marechal do exército brasileiro
- Rui Barbosa (1849-1923) – Jurista, jornalista e político brasileiro
Livros de Gil DePaula
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