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Por Gil DePaula
Sim! Ele está de volta. Ele volta com a mesma careca lustrosa, certamente com menos fios de cabelo, mas com o mesmo sorriso cínico a lhe enfeitar a cara, que o acompanha desde sempre. Aquele sorriso mau-caráter que possui os vilões, e que nos parece enviar uma mensagem: “vocês não conseguirão me deter”, ou seja, a certeza da impunidade.
O mesmo sorriso que parece enfeitiçar eleitores de diminuta inteligência, e/ou, que compactua com ele o mau-caratismo e, com quem ele, certamente, conta para retornar ao palco das suas roubalheiras.
Da arruda, a planta, diz se combater várias pragas: piolhos, sarnas, vermes e até hemorroidas. Já o político, é mais uma praga a infernizar a vida pública do brasiliense. Ator principal (ou será patife?) da Operação Caixa de Pandora deflagrada em 2010 pela Polícia Federal, foi filmado colocando dinheiro de propina entre suas vestes, prática, que certamente lhe era comum.
Antes, havia sido condenado a perda dos direitos políticos por cinco anos, por ter violado o painel eletrônico do congresso. Nesse mesmo palco, compareceu, negou tudo e até chorou, jurando inocência. Depois, sem saída, confessou o delito.
Infelizmente, para a nossa justiça, não vale as patifarias assumidas publicamente, não tem significado os vídeos filmados comprovando as transgressões, pois, constantemente, essas provas são jogadas ao lixo pelos nossos juízes, como comprovado pela decisão de ontem do STJ, que restabelece os direitos políticos do ex-governador.
Em conversas com vários amigos, todos demonstram a mesma desesperança no caos político da impunidade que se tornou o Brasil. Se existe um lugar no mundo em que o crime compensa, notadamente para poderosos e políticos, este lugar é a terra descoberta por Pedro Álvares Cabral em 22 de abril de 1500 (será que a culpa é dos portugueses – risos), uma vez que, a percepção que temos, é a da criação de uma cúpula com a integração de políticos e magistrados, para perpetuarem a roubalheira e a impunidade.
Para mim, particularmente, é muito difícil entender a cabeça do eleitor que continua a votar nesse tipo de político, nesse tipo de gente (gente?): inocência? Caráter? Inteligência limitada?
Talvez, o amigo leitor possa me ajudar.
Livros de Gil DePaula
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