Por Gil DePaula
Senhor Ex- Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, escrevo essa missiva para lhe dizer que, covardemente, fui traído pelo senhor. Fui traído em meus sonhos, em minhas ideologias e em minhas crenças.
Fui traído aos domingos, quando lhe vi por diversas vezes, há anos, em programas televisivos, tais quais aos dos Sílvio Santos, protestar contra a corrupção, então vigente no país, para depois o senhor se tornar o que se tornou, não apenas farinha do mesmo saco, mas farinha muito mais apodrecida.
Fui traído quando ao som da música 300 Picaretas dos “Paralamas do Sucesso” cantava junto a letra dela: “Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou, são 300 picaretas com anel de doutor”, porque vir a descobrir que para ser picareta não é preciso usar um “anel de doutor”, bastava apenas ter sido um operário que nunca trabalhou e sem caráter.
Fui traído quando vi e escutei seus vídeos se vangloriando das mentiras que apregoava fora do país, sem mencionar as incontáveis, que sempre afirmou ao longo da sua vida de embusteiro.
Fui traído quando o senhor usou o meu dinheiro e da nossa gente sofrida para financiar as ditaduras de esquerda nas américas.
Fui traído quando o senhor permitiu que grandes empresários assaltassem o erário público levando bilhões, e concedendo apenas migalhas aos miseráveis, que não se aperceberam que é obrigação de qualquer governo lhes proporcionar uma vida digna.
Fui traído quando seus filhos se tornaram milionários, não pelo sacrifício do trabalho, mas pelas benesses escusas que obtiveram por serem seus filhos.
Fui traído quando bilhões foram furtados por seus asseclas, mas não consigo me sentir recompensado porque alguns desses bilhões foram devolvidos.
Quando o senhor jogou a culpa de algumas de suas falcatruas em sua mulher já falecida, não me senti traído… apenas enojado.
E enojado me sinto, quando aqueles que deveriam ser os guardiães da moralidade, perpetraram mais um embuste e lhe tiraram da cadeia.
Fui traído, no que considero o mais alto dever de um cidadão; fui traído pelo voto que lhe dei naquela eleição em que o senhor foi eleito pela primeira vez presidente da república. Entretanto, posso afirmar que não cometo o mesmo erro duas vezes.
Enfim, me nego, pelo resto da minha vida, a compactuar com meu voto, com alguém tão charlatão quanto o senhor. Me nego, a assinar embaixo que você e sua corja possam furtar livremente, o que farão novamente se o senhor for eleito outra vez presidente do Brasil, pois já possuem a certeza da impunidade.
Quem viver… há de Ver!
Livros de Gil DePaula - www.clubedeautores.com.br
Livros de Gil DePaula - www.clubedeautores.com.br
Parabéns Gil,
Faço minhas as suas palavras!!
Agradeço Wan Morais.