A Literatura Como Arma Contra o Esquecimento

Literatura-1024x683 A Literatura Como Arma Contra o Esquecimento

Em um país como o Brasil — onde a memória é frágil, seletiva e, muitas vezes, manipulada — escrever é um ato de resistência. A literatura, mais do que uma expressão estética, é uma arma contra o esquecimento. Ela registra o que o poder tenta apagar. Ressuscita os que a história oficial insiste em enterrar. Dá voz aos silenciados, corpo aos invisíveis, e permanência ao que, de outro modo, se dissolveria no tempo.

Governos passam, monumentos caem, arquivos desaparecem. Mas um livro resiste. Um poema atravessa gerações. Um romance pode carregar, em suas entrelinhas, verdades que nenhum documento oficial ousaria declarar. É na ficção, muitas vezes, que se encontra a mais dura realidade.

Quando o autor escolhe contar a história de um trabalhador comum, de uma mulher esquecida, de um povo esmagado pela engrenagem do poder, ele rompe o pacto de silêncio que protege os vencedores. Ele escreve com tinta, mas também com justiça. E essa justiça literária, embora simbólica, é profundamente transformadora.

Num país onde tantos crimes foram varridos para debaixo do tapete — desde os porões da ditadura até os becos da fome — a literatura cumpre um papel que nem sempre a justiça formal cumpre: ela lembra. E lembrar, aqui, não é apenas recordar. É manter vivo. É dar continuidade. É impedir que se repita.

Literatura não é apenas entretenimento. É ferramenta de luta. É escudo e espada. É abrigo e denúncia. Machado de Assis dissecou o Brasil da hipocrisia burguesa. Carolina Maria de Jesus gritou a fome dos cortiços. Graciliano Ramos retratou o peso da seca e da opressão. E tantos outros escritores, com palavras lapidadas ou cruas, gravaram na alma nacional aquilo que o tempo tentava destruir.

Escrever, portanto, é resistir ao esquecimento. É afirmar que as dores do passado ainda sangram no presente. É desafiar o silêncio com a força da narrativa. E cada leitor que se emociona, se indigna ou se transforma diante de um texto, torna-se também parte dessa resistência.

Enquanto houver quem escreva, quem leia e quem conte, o esquecimento jamais será completo. E, talvez, essa seja a maior função da literatura: fazer com que, mesmo diante do apagamento, a memória permaneça em chamas.

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2 Comentários

  1. Fera de mais, benção do Senhor!

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