GUARÁ: 43 ANOS

(artigo publicado no jornal Guará Hoje de maio de 2012)

tumblr_m2oqxeICGB1qmz2y24-300x225 GUARÁ: 43 ANOS

O Lobo Brasileiro foi denominado pelos índios Tupi Guarani como “Lobo Guará”, sendo um animal de médio porte, de envergadura alta e alongada, carnívoro e que tem pelos marrons de muita beleza. Atribui-se o batismo do nome córrego Guará a ele, que era uma espécie comum de ser encontrada na região, e que mais tarde veio a denominar também nossa cidade.

              O Guará foi inaugurado em 1969 com a missão de abrigar funcionários públicos, moradores das invasões e núcleos provisórios, bem como trabalhadores do setor de indústria. As primeiras residências surgiram por meio do projeto “mutirão da casa própria” liderado pela NOVACAP, onde seus funcionários construíram as próprias casas. O aniversário é comemorado no dia 05 de maio.

              A cidade continuou a crescer, principalmente com a segunda etapa designada de “Guará 2”, construída para atender os funcionários públicos de menor renda transferidos para Brasília, além de comerciários e industriários inscritos na SHIS. Mais tarde, outras etapas vieram como a QE’s 38, 42, 44 e o Conjunto Habitacional Lúcio Costa, causando uma poderosa expansão populacional, além da dilatação do seu território.

              O Guará mudou rapidamente seu perfil, abandonou a pecha de “cidade dormitório”, para se tornar a mais cobiçada do Distrito Federal, transformada no berço da classe média brasiliense, com uma das maiores rendas per capita entre as regiões, e o metro quadrado de imóveis mais caro.

              O que antes era uma cidade uniformizada com casas praticamente iguais, deu lugar para sobrados e condomínios (vários suntuosos). A poeira, a lama e outras faltas de condições dos primeiros tempos, já vão longe. Hoje temos ruas asfaltadas, iluminação pública, um bom comércio, fornecimento de água, enfim uma boa infraestrutura que nos atende plenamente.

              Nesse período também tivemos uma mudança de valores e comportamento. Nos anos 70 até os anos 80, era comum ver as residências abertas, sem muros ou grades, e a confraternização entre os vizinhos por meio de festas: os chamados “som”, realizados em suas próprias casas. Também tínhamos “as ruas de lazer” espaço democrático com jogos, músicas e brincadeiras, além das festas juninas comandadas pela igreja.

              Daqui saíram várias pessoas que se destacaram no cenário local, e alguns daqueles jovens do começo assumiram a liderança da cidade tornando-se empresários, políticos, artistas, etc.

              Como não poderia deixar de ser, aqui se apresenta alguns problemas, sendo considerado pela população o maior deles, o inchaço da cidade, com a ganância imobiliária por trás. Inchaço este, que já se reflete no trânsito e em outros aspectos, subtraindo a qualidade de vida dos Guaraenses. Algo para pensarmos e nos mantermos alertas!

 

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