JOSÉ DIRCEU: A BIOGRAFIA NÃO AUTORIZADA

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A história do petista e ex-ministro José Dirceu é recheada de fatos polêmicos. Lançado sem alarde ou uma divulgação nos meios de comunicação, o livro Dirceu, do jornalista Otávio Cabral, da revista Veja, se esgotou nas principais livrarias do país neste domingo (8/6) (mas ainda tem na  Livraria Cultura do Casa Park, e custa R$ 39,90). Cerca de 15 mil exemplares foram vendidos. A Editora Record começa, nesta segunda-feira, a rodar mais 10 mil exemplares. A informação é da coluna de Lauro Jardim, de Veja. Até o último sábado (7/6), Dirceu disse a interlocutores que não tinha lido o livro.

Amigo de confiança do ex-presidente Lula, a biografia de José Dirceu tem 21 capítulos e 363 páginas. O livro conta desde a aventura estudantil dos anos 1960, a prisão em Ibiúna, o exílio em Cuba e o retorno ao país na clandestinidade. O ex-ministro, ao voltar ao Brasil, teria feito uma cirurgia plástica para não ser reconhecido pelo governo militar (1964-1985). Porém, a maior polêmica, talvez, seja o envolvimento do petista no escândalo do mensalão – esquema de compra de votos no Congresso recentemente julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – durante seus tempos de “glória” no Palácio do Planalto.

Cabral entrevistou 63 pessoas. No capítulo “sobrevivente do massacre dos guerrilheiros”, há detalhes de como o Sr. Hoffmann, argentino — na verdade, Dirceu em sua terceira identidade, na volta ao Brasil —, participaria da criação do Movimento de Libertação Nacional (Molipo), um grupo de guerrilha urbana e rural. “Andava armado, encontrava clandestinamente os companheiros, fazia levantamento de alvos a serem assaltados e viajava para levar armas, dinheiro e informações para membros da organização espalhados pelo país”, relata o autor.

O livro Dirceu mostra ainda a primeira ação que o ex-ministro teria participado enquanto militante. Cabral apresenta documentos que indicam que Dirceu participou de um assalto a um cartório no município de Santo André, no ABC Paulista, em 16 de julho de 1971. Em outro trecho da obra, existem uma documentação do 2º Exército que aponta Dirceu como um dos “um responsáveis por um caso bem mais grave, a morte de um sargento da Polícia Militar na Rua Colina da Glória, no Cambuci, a 19 de janeiro de 1972”. O livro, porém, ressalva que não há inquérito sobre esse crime.

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