Psicofonia: O Que é?

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A psicofonia é a mediunidade que permite a comunicação oral de um espírito através do médium. Alan Kardec a denominou “mediunidade falante”, ou seja, aquela faculdade que propicia o ensejo para que os espíritos entrem em contato através da palavra, travando conversações. É ainda conhecida popularmente como incorporação, mas este termo poderia sugerir uma falsa ideia de que o espírito comunicante penetra no corpo do médium, o que na verdade não acontece.

O médium é sempre responsável pela ordem do desempenho mediúnico e, seja qual for o grau de consciência, o papel dele é sempre passivo. Quando a educação mediúnica é deficiente ou viciosa, o intercâmbio é dificultado, faltando liberdade e segurança. O médium reage à exteriorização perispirítica, dificulta o desligamento e quase sempre intervém na comunicação, truncando-a. Ele deve ser o intérprete nesse intercâmbio e, assim, entender o pensamento do espírito comunicante e transmiti-lo sem alteração.
As vantagens da psicofonia são muitas. Atualmente, é a faculdade mais encontrada nas práticas mediúnicas. É a porta mais acolhedora e acessível para a manifestação objetiva dos espíritos no plano material.

Esta forma de mediunidade é bastante proveitosa, principalmente pela possibilidade de estabelecer o diálogo com o espírito comunicante. Por permitir o diálogo direto, vivo e dinâmico com os espíritos, facilita o atendimento dos que precisam de ajuda ou esclarecimento, possibilitando ainda a doutrinação e consolação dos espíritos pouco esclarecidos sobre as verdades espirituais.

A psicofonia é uma das formas mais interessantes e úteis de mediunidade, não só porque nos faculta entendimento direto e pessoal com os espíritos, como também a possibilidade de esclarecermos os espíritos inconscientes, imersos em escuridão mental, e os maldosos, realizando assim um ato de verdadeira caridade espiritual e cooperando com os companheiros que dirigem as organizações assistenciais do espaço dedicadas a esse trabalho.

Por meio da psicofonia, o médium, às vezes, chega a dizer coisas inteiramente fora do âmbito de suas ideias habituais, de seus conhecimentos e até fora do alcance de sua inteligência. Não é raro se ver pessoas iletradas e de inteligência vulgar se expressarem em tais momentos com verdadeira eloquência e tratar, com incontestável superioridade, de questões sobre as quais seriam incapazes de emitir uma opinião no estado comum.
Entre as desvantagens da psicofonia, é preciso haver muita análise para avaliar bem a origem e valor da comunicação, pois geralmente a manifestação não chega a constituir uma prova de identificação do comunicante. Seu efeito é momentâneo, nem sempre bem compreendido e a mensagem pode ser deturpada ao se tentar reproduzi-la posteriormente, a não ser que seja gravada.

O Mecanismo mediúnico da psicofonia

img1 Psicofonia: O Que é?
O mentor espiritual responsável pela preparação do fenômeno da psicofonia aproxima-se do médium e lhe aplica forças magnéticas sobre seu chacra coronário, que sensibiliza e ativa a glândula pineal, fazendo-a produzir um hormônio chamado melatonina. A melatonina interage com os neurônios, tendo um efeito sedativo.

Em seguida, a melatonina é direcionada para a parte do córtex cerebral responsável pela fala e que vai ficar sob seu efeito, ou seja, sedada. Assim, o médium perde o comando sobre os órgãos da fala, permitindo que outro espírito se ligue a este sistema sensitivo e o utilize.
Posteriormente, os espíritos auxiliares aproximam o espírito que irá se manifestar pela psicofonia e fazem a ligação perispiritual aos órgãos sensitivos da fala do médium, através do chacra laríngeo. O espírito comunicante temporariamente se apossa do órgão vocal do médium, apropriando-se de seu mundo sensitivo e conseguindo se expressar através da fala.

Classificação da psicofonia
Conforme a mecânica de desprendimento perispiritual que ocorre no processo mediúnico, o médium psicofônico pode ser classificado como consciente, semi-consciente e inconsciente.

1. Consciente
A psicofonia consciente é a mais comum entre os médiuns psicofônicos (70% do total). Nela, há uma exteriorização do perispírito do médium de apenas alguns centímetros. O espírito comunicante se aproxima do médium sem manter contato perispiritual e transmite telepaticamente as ideias que deseja enunciar. É a mediunidade dos tribunos e pregadores, que manifestam a “inspiração momentânea”.
O espírito emite o pensamento e influi sobre o aparelho fonador do médium, que transmite as ideias conforme as entende e usando seu próprio estilo, vocabulário e construção de frases. Ou seja, a ideia é do espírito, mas o jeito de falar é do médium.
O médium sente a influência e capta o pensamento do espírito comunicante na origem, antes de falar. Desta forma, ele pode avaliar antes da manifestação, tendo fácil controle do fenômeno.

2. Semi-consciente
Fenômeno comum a 28% dos médiuns psicofônicos, na psicofonia semi-consciente existe uma maior exteriorização do perispírito do médium, mas ainda não completa. O espírito comunicante entra em contato com o perispírito do médium, que se semi-exterioriza, e atua através deste sobre o corpo físico, ficando os órgãos vocais do médium parcialmente sob o controle do espírito que faz a comunicação.
Desta forma, o espírito tem maior atuação no órgão fonador, conseguindo falar melhor, em seu próprio estilo. Ou seja, apenas as frases são do médium, mas o estilo e as ideias são do espírito.
Enquanto a mensagem é recebida, o médium sabe o que fala, sente o padrão vibratório e a intenção do comunicante, podendo controlar e intervir se necessário. Porém, ao terminar a manifestação, só recordará do início e do final da mensagem, ficando apenas com uma vaga lembrança do tema abordado.

2. Inconsciente
Na psicofonia inconsciente, que representa somente 2% dos casos de médiuns psicofônicos, há uma exteriorização total do perispírito do médium, ficando apenas ligado pelo cordão fluídico. Inexiste ligação entre o cérebro do médium e a mente do espírito manifestante e mesmo entre sua própria mente perispiritual e o cérebro físico. O fato do espírito do médium se exteriorizar do corpo físico temporariamente faz com que passe a estar inteiramente à disposição e sob controle do espírito comunicante.
A atuação do espírito sobre o organismo físico do médium é mais direta, através do chacra laríngeo e dos centros nervosos liberados. Assim, o comunicante tem maior intervenção material, modificando estilo, gestos e entonação de voz. Ou seja, as frases, o estilo e as ideias são todas do espírito.

A mensagem é transmitida sem que o médium guarde consciência cerebral dela, porém, em espírito, o mesmo está consciente. Ao recobrar a consciência, o médium geralmente nada recorda da mensagem deixada. A vantagem é que há maior liberdade para o espírito, que se identifica por gestos, entonação da voz e atitudes.

 

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