Feminicídio: O Recurso do Covarde

Por Gil DePaula

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De acordo com os dados da ONU, o Brasil é o quinto país do mundo, onde mais se matam mulheres. Sem dúvida, os números são assustadores. As estatísticas mostram que oito mulheres são vítimas de feminicídio no Brasil, por dia.

Em 2017 esse número chegou a 1.133 mulheres, de acordo com os dados do 12º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Outras 3.406 mulheres foram vítimas de homicídios em casos que não foram registrados como feminicídio.

Os inúmeros casos de atentado a integridade e a vida das mulheres, são em sua esmagadora maioria causados por maridos, namorados e ex-companheiros. Em 2018, apenas, pelo Ligue 180, foram registradas 92.323 denúncias. Os homicídios aumentaram em 26%. No começo deste ano (2019), já foram registrados mais de cinquenta casos de feminicídio.

Dizem os especialistas que essa situação é um reflexo da nossa sociedade machista, na qual o homem acredita possuir o controle sobre sua mulher, que ao sentir que perdeu o domínio da relação, explode em sentimentos de raiva e ódio, pelas frustrações patentes.

Concordo, parcialmente com essa visão. Creio que esses homens não passam de covardes, e que como todos os covardes, crescem diante de quem é mais frágil que eles. São pessoas, infelizes e frustradas, que, igualmente, a outros covardes, como aqueles que agridem em bando a uma única pessoa, não sabem o que realmente é ser um homem. Esses perversos agressores, quando confrontados com alguém que pode encará-los, se encolhem, e mostram suas verdadeiras faces: a da covardia explicita e escancarada: fogem, choram e se desculpam falsamente.

Outro tipo de covarde contumaz, é aquele que assedia a uma mulher, descaradamente, fazendo-se valer de cantadas grosseiras e toques agressivos, realizados ou não, publicamente.

O homem, que possui a consciência da sua masculinidade, nunca ataca a outrem fisicamente ou verbalmente, principalmente, àqueles que se mostram mais fracos psicologicamente ou em proporções físicas. É dever do mais forte, proteger, cuidar e orientar os menos capazes.

Então, à velha e conhecida máxima: “homem de verdade não bate em mulher”, podemos acrescentar: “Homem de Verdade cuida e protege a quem não tem a mesma fortaleza que ele”

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