O Canto do Tempo

Tempo O Canto do Tempo

Por Gil DePaula

Trespassa o sol à janela, e brada, brada:
Acorda! Acorda! É hora de despertar
Em meus raios há perfume que se espalha
A rosa, o jasmim, a gardênia, o alisso-doce
Radiantes, formosas damas-da-noite

Primaveril setembro cada uma desabrocha
A ti homenagear, ano que já deixou a mocidade
Dourado foram seus dias, seu ocaso está aqui
Já se esvai tuas horas de pétalas inesperadas
O tempo vocifera à sua porta: a tudo venci

Viajante, triste e envelhecido eu sou
Desfalecido, sem ar, sem brilho
Peço descanso a quem servi
Sonho o que ninguém sonhou
Quero deixar as minhas dores
Sonhar junto de ti, sonho de amores
Posses que não gozei, breve brisa
Que por mim passou

Livros de Gil DePaula

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