O Esporte de Luto: Morre Pelé

Por Gil DePaula

Pele O Esporte de Luto: Morre Pelé

Não vou negar: o principal culpado por eu ter me tornado Santista de alma e coração, foi Edson Arantes do Nascimento, ou simplesmente: Pelé.

Lembro-me, da primeira vez que vi o Santos Futebol Clube jogar: corria o ano de 1965 ou 1966. Eu estava por volta dos meus nove anos vividos. Na tela da TV não havia cores. Portanto, tudo era transmitido em preto e branco. Eis que adentra o campo da Vila Belmiro; a Vila mais famosa do mundo (me deixem ser um pouco clichê) onze mágicos; quero dizer; onze jogadores de futebol, vestidos – tirando a chuteira – totalmente de branco. E o contraste era graciosamente vibrante, pois em sua maioria eles eram negros.

O que vi, na televisão recentemente adquirida pelos meus pais, foi um espetáculo inesquecível, proporcionado pelos mágicos do Santos. Entretanto, entre eles, um se destacava. Não somente pela camisa de número 10 que envergava, e sim, e principalmente, pelo porte altivo, garboso e o futebol exuberante, que somente um rei teria condições de mostrar.

No desenrolar dos anos, tive o prazer, a alegria de acompanhar pela televisão a carreira de Pelé. Assistir ao seu milésimo gol contra o Vasco da Gama, que eternizou Andrada, goleiro cruzmaltino – Imaginem, alguém ser eternizado por levar um gol. Vibrei com a Copa do Mundo de 1970, a última do Rei. Provei, para alguns reticentes, que uma guerra foi parada por causa dele, e um juiz que o expulsou, teve que voltar atrás por exigência da torcida adversária.

Fiquei triste quando ele resolveu parar de jogar futebol, e sem entender nada quando ele foi para o Cosmos, um time americano.

Hoje, tenho um motivo maior para a minha tristeza futebolística, pois meu ídolo fez a passagem e vai jogar no céu. Provavelmente, ao lado de Garrincha e tantos outros. Como ainda jogo um futebol com amigos veteranos, prometo que no meu próximo gol vou comemorar socando o ar. Certamente, sem a majestade de Pelé. Porém, com muita humildade a homenageá-lo.

Mais de mil gols fez pele! E mais de mil alegrias ele proporcionou aos Santista e aos brasileiros.

Então, que não tenhamos vergonha de reverenciar o homem, a lenda, pois o maior dos argentinos, é apenas digno de engraxar as chuteiras do único e verdadeiro Rei do Futebol: Pelé!

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