Dez dos Melhores Lutadores de Todos os Tempos

Royce Gracie é o responsável direto pela existência do UFC, esporte de artes marciais mistas. Gracie, com sua capacidade e experiência, tornou o Jiu-Jitsu Brasileiro conhecido no mundo inteiro.

Ele conquistou os torneios UFC 1 e UFC 2, obtendo sete vitórias por finalização. Aconteciam duas a três lutas por noite, e não havia divisão em categorias de peso, muito menos regras, pois as lutas eram conhecidas como “vale tudo”.

A exaustão impediu que ele repetisse sua façanha no UFC 3, mas ele fez seu retorno no UFC 4, com vitórias por finalização sobre Ron van Clief, Keith Hackney e Dan Severn.

Gracie foi cortejado para retornar em algumas ocasiões, mas se aposentou em 2013. Ele pertence à primeira classe do Hall da fama do UFC.

Randy Couture foi o primeiro lutador na história do UFC a ganhar e manter campeonatos em diferentes classes de peso. Ele é o único lutador na história da organização a possuir cinco reinados de títulos, tendo lutado por cinturões do que qualquer outro.

“O Natural” (sua alcunha), venceu seu primeiro Campeonato de Peso Pesado ao derrotar Maurice Smith no UFC do Japão, em 1997.

Por algum tempo, abandonou o UFC, tendo voltado em 2000, para conquistar novamente o Peso Pesado, lutandocom Kevin Randleman no UFC 28.

Perdeu o cinturão para Josh Barnett no UFC 36. Depois, conquistou o título interino de Peso-Meio-Pesado contra Chuck Liddell, e acabou unificando o título com a vitória sobre Tito Ortiz.

Posteriormente, acabou perdendo o cinturão para Vitor Belfort, mas o recuperou em uma revanche oito meses depois.

Em uma nova oportunidade, Chuck Lidell deu o troco e tomou o título de Randy no UFC 52, que seria retomado por Randy dois anos no UFC 68. Coutore se aposentou em 2011, após ser derrotado por Lyoto Machida.

Não existiu no mundo do UFC um lutador mais emocionante do que Anderson Silva. Quando ele estava no auge, a apenas há alguns anos, foi vitorioso na maior sequência de defesas de títulos da história do UFC, com dezesseis vitórias consecutivas e dez defesas de títulos. Seu marco foi interrompido por Chris Weidman, em 2013.

Apesar dos últimos fracassos e a história do doping, ele é considerado por muitos o melhor lutador do UFC de todos os tempos.

Em 2013, com nove defesas de títulos bem-sucedidas, Georges St. Pierre anunciou que encerraria a carreira, devido ao desgaste físico e mental, que teve. O título dos meio médio ficou vago.

Desde que chegou ao UFC, em 2008, Jon “Bones” Jones devastou qualquer lutador que ousasse entrar em seu caminho. A única derrota no cartel de Jones veio através da desqualificação por uma cotovelada ilegal contra Matt Hamill, em uma disputa que ele absolutamente dominava.

Ele conquistou o título de Peso-Meio-Pesado contra Mauricio Rua no UFC 128, se tornando o mais jovem campeão do UFC. Desde então, não perdeu mais o cinturão.

Infelizmente, devido a um acidente de carro em que Jones se envolveu, foi afastado do UFC e o título ficou vago.

Liddell perdeu sua primeira disputa de título para Couture, mas ganharia o cinturão dos meio-pesados em uma revanche dois anos depois, no UFC 52. Ele defenderia com sucesso o título por quatro vezes, registrando outra vitória sobre Couture e uma sobre Tito Ortiz. Perdendo para Quinton Jackson no UFC 71.

Quando estava no auge, Matt Hughes protagonizou as realizações mais surpreendentes do UFC. Ele foi All-American por duas vezes no wrestling em Eastern Illinois University.

Hughes ganhou o Campeonato UFC Peso-Meio-Médio no UFC 34, contra Carlos Newton. Depois, fez cinco defesas de título consecutivas contra os melhores adversários da divisão.

Perdeu o cinturão, três anos mais tarde, para BJ Penn, e dez meses depois recuperou o título derrotando o poderoso Georges St. Pierre no UFC 50.

Mesmo tendo ainda uma luta no contrato, o manauara José Aldo, um dos maiores lutadores de MMA de todos os tempos, fez um acordo com o UFC e pendurou suas luvas aos 36 anos. O Ultimate aceitou o pedido do lutador.

Ex-campeão e rei do peso-pena, no UFC e no WEC, José Aldo fez a sua última luta no dia 20 de agosto, pelos galos. A mudança de categoria foi considerada como um ressurgimento e o “Campeão do Povo” chegou a disputar o cinturão, mas o título bateu na trave. Curiosamente, sua despedida foi realizada na ‘Vivint Arena’, em Utah (EUA), casa do Chicago Bulls e de Michael Jordan, lenda do basquete que se aposentou e está eternizado no mesmo local.

Nascido em Manaus, oriundo de uma família muito pobre, José Aldo teve a vida retratada no filme “Aldo – Mais Forte que o Mundo”, de 2016. A infância humilde foi literalmente marcada por sua característica cicatriz no rosto, resultado de um ferimento adquirido numa queda em cima de uma grelha de churrasqueira. Ainda criança, partiu para o Rio de Janeiro sozinho em busca do sonho de lutar Jiu-Jitsu. Morou numa academia e chegou a passar fome.

O seu talento para as diversas modalidades de lutas não demorou a aparecer e a transição para o MMA foi rápida. Em pouco tempo estreou no WEC, competição que também pertencia ao UFC e principal evento dos pesos mais leves. José Aldo, que lutava pelo peso-pena, logo chegou à disputa do cinturão e, depois de vencer cinco lutas, ganhou de Mike Brown por nocaute técnico e conquistou o título com apenas 23 anos.

Na sequência, atropelou Urijah Faber na defesa do título, que até hoje é considerada uma de suas maiores atuações. No ano seguinte, em 2010, o WEC foi extinto e José Aldo passou a lutar no UFC, maior evento de lutas do mundo, e manteve seu título até dezembro de 2015. Foi uma sequência histórica de mais de dez anos sem derrota, com 17 vitórias seguidas em defesas de cinturão, tanto no WEC, como no UFC.

A derrota para Conor McGregor, no entanto, não impediu sua volta ao topo por muito tempo. Mesmo sem ter recebido uma merecida revanche imediata, o brasileiro venceu Frankie Edgar e recuperou o cinturão interinamente. Logo depois, com a migração de McGregor para o peso-leve, ficou com o título em definitivo. Na sequência, foi derrotado por Max Halloway em sua primeira defesa. 

A partir daí, seu objetivo era vencer as duas lutas que restavam no contrato com o UFC, sendo a segunda como desafiante do título dos galos e pendurar as luvas como campeão.

A derrota para Merab Dvalishvili, no que depois se transformou em sua última luta, precipitou o acordo com o Ultimate e sua despedida.

Rashad Evans começou sua carreira como um peso leve, antes de passar para peso pesado, participando do The Ultimate Fighter 2, e derrotando Brad Imes na final.

Evans viria a vencer suas próximas quatro lutas, incluindo uma vitória sobre Stephan Bonner, antes de um empate com Tito Ortiz. Em sua próxima luta, Evans derrotou Michael Bisping, antes de nocautear Chuck Liddell, com um estrondoso direto, que lhe rendeu o nocaute do ano, em 2008.

Entretanto, foi contra Forrest Griffin, que ele conseguiu o cinturão dos meio-pesados. Grandes lutas, contra grandes lutadores, fizeram dele uma lenda do MMA.

Tito brilhou em sua carreira no MMA. Ele possui vitórias notáveis em seu cartel: Wanderlei Silva, Vitor Belfort, Ken Shamrock, Forrest Griffin e outros.

Ganhou o cinturão dos meio-pesados no UFC 25 e o defendeu por 5 vezes, até perder para Randy Couture no UFC 44.