Por Gil DePaula
Não conhecerá mais sua boca
A vergonha do beijo que lhe dei
De apetite sensual espesso
De amor pungente
Lábios que sonhei inocentes
Rubros de outros beijos
Com permissão profanados
Agora cerrados estão os meus
Cingida estarás ao nó de outro abraço
Da alma gêmea igualmente conspurcada
Saboreará a volúpia desleal
Tal qual profanaste, serás ultrajada
Daí, reconhecerás meu desespero contido
Pedirás – então – o indulto
Que jamais será concedido
Livros de Gil DePaula
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